São Paulo, quinta-feira, 24 de março de 2005

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

BOM E BARATO/ATÉ R$ 30 POR PESSOA

Mocotó serve o vigor sertanejo

COLUNISTA DA FOLHA

Ao pisar no Mocotó o leitor desavisado dirá que foi induzido a ir a um boteco, não a um restaurante. De fato, é um boteco. Mas a comida, servida em mesas modestas mas decentes, é definitivamente de restaurante.
Verdade que o torresminho (crocante e com um formato perfeito) pode ser sorvido no balcão, em companhia de boas cachaças, mas também pode ser apenas o tira-gosto inicial de uma lauta refeição nordestina. Daquelas do sertão, cujo vigor fica gastronomicamente distante das frigideiras de mariscos do litoral.
Por obra do pernambucano José Oliveira de Almeida, 66, o Mocotó nasceu em 1973 como um empório de produtos do nordeste. O caldinho ali servido fez a clientela exigir espaço e mobília para sentar.
Zé de Almeida então ocupou um imóvel fronteiriço, reformou o ponto original e hoje tem espaço para até 80 clientes. Mantém na cozinha há 17 anos o conterrâneo Mário Vaz e se escuda no filho Rodrigo Oliveira, paulistano e estudante de gastronomia, que ajuda, com olhos modernos, a redobrar os cuidados no preparo das iguarias, como o suculento joelho de porco cozido e o baião-de-dois (feijão com arroz, queijo, lingüiça, bacon e carne-seca). (JM)


Texto Anterior: Empório Natan
Próximo Texto: Mocotó
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.