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BOM E BARATO/ATÉ R$ 30 POR PESSOA
Mocotó serve o vigor sertanejo
COLUNISTA DA FOLHA
Ao pisar no Mocotó o leitor desavisado dirá que foi induzido a ir
a um boteco, não a um restaurante. De fato, é um boteco. Mas a comida, servida em mesas modestas
mas decentes, é definitivamente
de restaurante.
Verdade que o torresminho
(crocante e com um formato perfeito) pode ser sorvido no balcão,
em companhia de boas cachaças,
mas também pode ser apenas o tira-gosto inicial de uma lauta refeição nordestina. Daquelas do sertão, cujo vigor fica gastronomicamente distante das frigideiras de
mariscos do litoral.
Por obra do pernambucano José Oliveira de Almeida, 66, o Mocotó nasceu em 1973 como um
empório de produtos do nordeste. O caldinho ali servido fez a
clientela exigir espaço e mobília
para sentar.
Zé de Almeida então ocupou
um imóvel fronteiriço, reformou
o ponto original e hoje tem espaço
para até 80 clientes. Mantém na
cozinha há 17 anos o conterrâneo
Mário Vaz e se escuda no filho
Rodrigo Oliveira, paulistano e estudante de gastronomia, que ajuda, com olhos modernos, a redobrar os cuidados no preparo das
iguarias, como o suculento joelho
de porco cozido e o baião-de-dois
(feijão com arroz, queijo, lingüiça,
bacon e carne-seca).
(JM)
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