São Paulo, quarta-feira, 24 de junho de 2009

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TELEVISÃO

crítica

Capra opõe honestidade a trambiques na política

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Talvez não haja grandes antídotos contra a dor que provocam certas mazelas da política brasileira. Mas, já que é preciso tentar, nada mais justo do que experimentar "A Mulher Faz o Homem" (TCM, 23h; não indicado a menores de 12 anos), o clássico de Frank Capra.
James Stewart faz o ingênuo suplente de senador que é chamado a assumir o posto. Acontece que em Washington não há quem não esteja atrás de um trambique. Pior, ele cai nas garras de uma jornalista disposta a desmoralizá-lo. O único homem honesto da instituição se torna o mais vulnerável.
Funciona como se a própria instituição protegesse suas iniquidades da eventual pureza que se aproxima delas. Capra tinha um quê ingênuo e um outro genial. A soma dos dois são seus filmes, em que o pessimismo básico permite, no entanto, vislumbrar um fim de túnel mais animador.


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