São Paulo, segunda-feira, 24 de julho de 2000


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Tenores animam duas horas de show com "Aquarela do Brasil"

DA REPORTAGEM LOCAL

Os três tenores sucumbiram ao samba. Ou pelo menos tentaram. "Aquarela do Brasil", de Ary Barroso, encerrou o bis na apresentação de José Carreras, Plácido Domingo e Luciano Pavarotti, realizada sábado à noite no estádio do Morumbi, em São Paulo.
Foi o momento em que o público mostrou mais entusiasmo em duas horas e 16 minutos de concerto. Os tenores também ensaiaram um gingado (Carreras chegou a levar as mãos à altura da cabeça), mas não foram longe.
As vozes dos intérpretes fundiram-se ao ritmo dançante que a Orquestra Sinfônica Municipal, sob regência do italiano Marco Armiliato, imprimiu em "Aquarela do Brasil".
Cerca de 25 mil pessoas, segundo cálculo da Polícia Militar, acompanharam o único concerto dos três tenores realizado na América Latina. De acordo com a produção do evento, o público era de 42 mil. O show foi encerrado com fogos de artifício.
Eles interpretaram 16 árias, entre solos e dois "medleys" (com vários trechos juntos). O repertório trouxe árias como "Recondita Armonia", da ópera "Tosca", de Puccini; "Lamento di Frederico", da "L'Artesian", de Cilea; e "No Puede Ser", da "La Tabernera del Puerto", de Sorozabal.
Fora do estádio, o clima era de jogo de futebol. Havia barracas de lanches e cambistas, alguns engravatados, que vendiam ingressos até pela metade do preço.
Após a apresentação, os três tenores fizeram uma passagem rápida pelo jantar organizado em um salão dentro do Morumbi, ao qual teve acesso quem pagou R$ 2.000. (VALMIR SANTOS)


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