São Paulo, quinta-feira, 24 de julho de 2008

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Crítica

"Amores" mostra alternativa para o cinema brasileiro

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Há poucas empreitadas tão simpáticas quanto a de Domingos Oliveira no cinema nacional recente: fazer filmes muito baratos, caseiros pelo equipamento, pelos cenários, pelo elenco.
É uma maneira enérgica de se opor aos critérios inutilmente perdulários adotados pela nossa produção desde os anos 90, tanto mais que o cineasta também é capaz de escrever bons roteiros.
O primeiro trabalho nessa direção foi "Amores" (Canal Brasil, 22h; não recomendado para menores de 14 anos), que, para o bem e para o mal, lembra bastante filmes de Woody Allen. É o mais interessante de seus filmes recentes, no mais. Nos seguintes, o excesso de pessoalidade revela-se mais um problema que uma virtude, e o espírito amador se deixa denunciar.
Mais do que pelo resultado, "Amores" importa pela busca de um compromisso entre custo e eficiência da produção. Tarefa que devia ser obrigatória para um cinema problemático como o brasileiro.


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