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"Público jovem representa problema", diz produtor
CRÍTICO DA FOLHA, EM NOVA YORK
Os jovens "representam hoje
um problema" para a indústria
cinematográfica, acredita o
produtor Mark Gill. "Eles têm
muitas outras coisas (além de ir
ao cinema) a fazer com o seu
tempo. Os filmes precisam se
esforçar mais para capturar a
sua atenção e não há espaço para todos."
Por outro lado, nos EUA e na
Europa, "a população está envelhecendo e sempre haverá
salas para o cinema independente, para histórias de qualidade" dirigidas ao público adulto. "A melhor coisa que podemos fazer é reduzir os custos de
mercado, e a tecnologia pode
ajudar nisso."
Gill acredita em cinco aspectos capazes de "fazer um filme
independente funcionar".
"Costumava-se dizer que, se
você tivesse um ou dois, tudo
bem. Hoje, é preciso ter os cinco combinados." A lista começa
com "o mais importante, fácil
de dizer, mas difícil de obter":
ter um "grande roteiro".
Depois, é preciso "ter um astro no elenco" e convencê-lo a
receber um cachê menor do
que receberia em um filme de
estúdio; um "conceito interessante e simples de explicar em
duas ou três frases"; um orçamento enxuto; e "um diretor
qualificado", alguém que "dê
quase a certeza de bom filme".
Entre os exemplos recentes
que, de acordo com Gill, alcançaram essa "fórmula", estão
"Quem Quer Ser um Milionário?" (que dispensou o uso de
um astro), "Milk - A Voz da
Igualdade" e "Vicky Cristina
Barcelona".
(SR)
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