São Paulo, sexta-feira, 24 de julho de 2009

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Crise derrubou pressupostos da indústria

CRÍTICO DA FOLHA, EM NOVA YORK

Tempos de medo e de alto risco levam profissionais de cinema a avaliar a qualidade de um filme "não mais pela presença de um ótimo diretor, ou por um roteiro excepcional, ou pelo argumento original, ou por reunir um grande elenco", afirma Rebecca Yeldham, diretora do Festival de Los Angeles.
"Agora, a qualidade está relacionada quase unicamente à percepção comercial, e esta se baseia, tristemente, no desempenho de bilheteria dos filmes no último final de semana."
Todos os que "já passaram por outras crises nas últimas décadas" conhecem, no entanto, uma "feliz verdade", segundo Rebecca: "Ninguém realmente sabe nada e o público desafia expectativas".
Até 2008, a indústria acreditava em dois pressupostos: espectadores norte-americanos não veem filmes com legendas e documentários não funcionam nos cinemas.
Em 2009, o êxito de "Quem Quer Ser um Milionário?" contrariou o primeiro; e "ao menos três documentários distribuídos por conta própria arrecadaram mais de US$ 1 milhão", colocando em dúvida o segundo.
A crise levou a duas situações positivas, diz: investidores e distribuidores se tornaram "mais conscientes na análise de custos de produção e distribuição" e cineastas agora "exercem papel mais significativo no marketing e na distribuição". (SR)


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