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Série "Spartacus" mistura sexo com sangue e areia
Programa dramatiza a história de escravo que liderou revolta em Roma
Para atriz da série, o retrato da violência e da sexualidade mostra a corrupção moral que existia na Roma Antiga
GUSTAVO VILLAS BOAS
DE SÃO PAULO
Quem olha uma cena da
arena dos gladiadores pode
achar que "Spartacus" é uma
série que atrai fãs de filmes
de muita ação. Mas as passagens de nudez frontal e quase explícitas de sexo remetem a outro tipo de filme.
"A quantidade de sexo, no
início, foi muito estressante", diz a atriz Lucy Lawless,
intérprete de Lucrécia. "A
forma como a violência e a
sexualidade são retratadas
mostra a corrupção moral na
Roma Antiga", diz Viva Bianca, que faz o papel de Ilithya.
Por causa dos maridos, as
duas entram no caminho de
Spartacus (Andy Whitfield),
personagem inspirado em
uma figura histórica. O escravo virou gladiador e liderou
uma revolta contra Roma há
2.000 anos.
Stanley Kubrick, em 1960,
dirigiu "Spartacus", que
abordava o personagem.
"Ben Hur" (1959) também
vem à cabeça, mas é mais
apropriado comparar este
programa com os recentes
"300" ou "Gladiador".
Ilithya é esposa de Claudius Glaber, membro do
exército romano que escravizou Spartacus e a mulher. Filha mimada de um senador
da república, "nunca usa a
mesma roupa duas vezes",
descreve Bianca. "Sou sortuda, porque algumas roupas
foram feitas à mão especialmente para os nossos corpos", brinca.
Interessada no que Ilithya
pode oferecer ao Ludus
-uma escola de gladiadores- do marido Batiatus, Lucrécia seduz a curiosa Ilithya.
"Ela quer poder. A disputa
pelo poder era muito brutal.
Hoje vamos ao cinema, antes
as pessoas assistiam à carnificinas na arena", diz Lucy.
Lucrécia também se envolve emocionalmente com um
dos seus gladiadores, Crixus
(Manu Bennet), depois de se
aproximar com a ideia de ter,
com ele, um herdeiro. "Ela
misturou o brinquedo sexual
com o amor. Talvez homens
lidem melhor com isso", crê.
Na série, é o amor pela esposa desaparecida que move
Spartacus. Para encontrá-la,
ele relembra o conselho da
mulher: "Mate a todos".
Não por acaso, a série, que
terá uma segunda temporada, foi classificada para
maiores de 17 anos nos EUA.
NA TV
Spartacus: Blood and
Sand
Estreia da primeira temporada
QUANDO 7/8, às 23h, no
Globosat HD
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