São Paulo, domingo, 24 de julho de 2011

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OPINIÃO 2

Os gays não conquistaram sua cidadania nas telenovelas

VITOR ANGELO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Falar num crescimento exagerado de personagens gays nas novelas merece cautela. Na recente reprise de "Vale Tudo", dos anos 80, havia o mordomo culto e afetado, o filho que o pai desconfiava ser homossexual e o michê que virou amante de um príncipe. Tudo muito enrustido, mas já presente.
Nos humorísticos, a chamada "bicha caricata" existe há décadas -um elemento importante para a chamada visibilidade gay.
Está desfocada a ideia de que os vetos das emissoras para baixar a bola da bandeira colorida foram provocados por uma overdose gay na TV. Eles não são nem maioria nem protagonistas das novelas. O que está em "close" não é supremacia, mas igualdade.
Diminuir a presença gay na TV torna o debate da homofobia desigual se comparado ao de questões como o racismo ou a opressão à mulher, amplamente discutidas nas tramas de novelas. A conclusão é uma só: os gays ainda não conquistaram sua cidadania plena nas telenovelas.


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