São Paulo, sábado, 24 de agosto de 2002

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OPINIÃO

Fernando Bonassi e Bernardo Carvalho terão espaço quinzenal, às terças

Ilustrada estréia novos colunistas

DA REPORTAGEM LOCAL

A partir da próxima semana, a Ilustrada passa a contar com dois novos nomes em seu time de colunistas das contracapas: os escritores Fernando Bonassi e Bernardo Carvalho se alternarão no espaço, às terças-feiras.
A estréia caberá ao paulistano Bonassi, 39. O escritor, que já firma a coluna "Macho", publicada aos domingos na Revista da Folha, é um autor prolífico, com 18 livros publicados por diversas editoras, destinados tanto ao público infantil como aos adultos - caso do romance "Um Céu de Estrelas", adaptado para o cinema no longa de Tata Amaral.
É em cinema, aliás, a formação de Bonassi, que dirigiu três curtas e frequentemente assina roteiros -no momento, escreve com Vitor Navas a cinebiografia de Cazuza, a ser dirigida por Sandra Werneck. Além disso, Bonassi é autor teatral, com peças como "Preso entre Ferragens".
Entre 1997 e 2001, escreveu para a Ilustrada a coluna "Da Rua". O olhar sobre o cotidiano lançado nos minicontos da coluna volta, ampliado, no novo espaço.
"Eu sou um ficcionista e quero ficcionalizar a atmosfera de São Paulo neste momento, fazer um painel dos personagens e relações da cidade: como os paulistas amam, qual sua fé, as relações de poder e violência", explica.
A idéia, diz, é "dar eternidade ao nosso comportamento". "É uma coisa presunçosa mesmo", define.
Na semana seguinte, será a vez do carioca Bernardo Carvalho, 41.
Autor de seis livros de ficção -"Aberração", "Onze", "Os Bêbados e os Sonâmbulos", "Teatro", "As Iniciais" e "Medo de Sade", todos pela Companhia das Letras-, e com um novo romance, "Nove Noites", no forno para setembro, Carvalho foi repórter, editor e correspondente internacional da Folha.
Apesar de ter assinado na Ilustrada, entre 1999 e 2001, a coluna "Resenha da Semana", em que criticava lançamentos literários, Carvalho pretende dar ao novo espaço um tom mais amplo, para "crítica da cultura em geral -até, eventualmente, literatura".
"Digamos que eu faça uma coluna sobre a Mongólia, por onde estive viajando. Ainda que seja um diário de viagem, vai ser sempre um pretexto para falar de cultura", diz Carvalho.
"Se for falar sobre a China, por exemplo, vou explorar como a escrita em ideogramas influencia a produção da literatura. A cultura vai estar sempre no fundo, como preocupação", define o autor.



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