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OPINIÃO
Fernando Bonassi e Bernardo Carvalho terão espaço quinzenal, às terças
Ilustrada estréia novos colunistas
DA REPORTAGEM LOCAL
A partir da próxima semana, a
Ilustrada passa a contar com dois
novos nomes em seu time de colunistas das contracapas: os escritores Fernando Bonassi e Bernardo Carvalho se alternarão no espaço, às terças-feiras.
A estréia caberá ao paulistano
Bonassi, 39. O escritor, que já firma a coluna "Macho", publicada
aos domingos na Revista da Folha, é um autor prolífico, com 18
livros publicados por diversas
editoras, destinados tanto ao público infantil como aos adultos -
caso do romance "Um Céu de Estrelas", adaptado para o cinema
no longa de Tata Amaral.
É em cinema, aliás, a formação
de Bonassi, que dirigiu três curtas
e frequentemente assina roteiros
-no momento, escreve com Vitor Navas a cinebiografia de Cazuza, a ser dirigida por Sandra Werneck. Além disso, Bonassi é autor
teatral, com peças como "Preso
entre Ferragens".
Entre 1997 e 2001, escreveu para
a Ilustrada a coluna "Da Rua". O
olhar sobre o cotidiano lançado
nos minicontos da coluna volta,
ampliado, no novo espaço.
"Eu sou um ficcionista e quero
ficcionalizar a atmosfera de São
Paulo neste momento, fazer um
painel dos personagens e relações
da cidade: como os paulistas
amam, qual sua fé, as relações de
poder e violência", explica.
A idéia, diz, é "dar eternidade ao
nosso comportamento". "É uma
coisa presunçosa mesmo", define.
Na semana seguinte, será a vez
do carioca Bernardo Carvalho, 41.
Autor de seis livros de ficção
-"Aberração", "Onze", "Os Bêbados e os Sonâmbulos", "Teatro", "As Iniciais" e "Medo de Sade", todos pela Companhia das
Letras-, e com um novo romance, "Nove Noites", no forno para
setembro, Carvalho foi repórter,
editor e correspondente internacional da Folha.
Apesar de ter assinado na Ilustrada, entre 1999 e 2001, a coluna
"Resenha da Semana", em que
criticava lançamentos literários,
Carvalho pretende dar ao novo
espaço um tom mais amplo, para
"crítica da cultura em geral -até,
eventualmente, literatura".
"Digamos que eu faça uma coluna sobre a Mongólia, por onde
estive viajando. Ainda que seja
um diário de viagem, vai ser sempre um pretexto para falar de cultura", diz Carvalho.
"Se for falar sobre a China, por
exemplo, vou explorar como a escrita em ideogramas influencia a
produção da literatura. A cultura
vai estar sempre no fundo, como
preocupação", define o autor.
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