São Paulo, domingo, 24 de agosto de 2008

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[!] Foco

Na platéia, "show" de Paula Lavigne inclui desde "cadê o segurança da casa?" até Rivotril

PAULO SAMPAIO
ENVIADO ESPECIAL AO RIO

Assim que as luzes se apagaram para o começo da apresentação de Caetano e RC, quem fez o show foi Paula Lavigne. A ex do baiano entrou pela lateral da platéia, foi até a segunda fila e mandou que um casal saísse. Na galeria, aos berros, perguntou: "Quem colocou vocês ali? Essas cadeiras são minhas, olha aqui os ingressos!"
(Paula grita no rádio para seu convidado) "Paulo Fernando, sobe! Sobe, Paulo Fernando! As cadeiras são suas, você é que não foi macho o suficiente para dizer a esses dois...!"
Pálido, o casal expulso não quer se identificar. Explica que os colocaram ali porque haviam pegado seus lugares. Alguém diz que foi a diretora do teatro, Carla Camuratti.
"Gente, então diz para a Camuratti que eu tirei vocês dali para colocar outras pessoas. O Caetano já tem direito a pouquíssimos ingressos (Paula não disse quantos), e o teatro resolve tirar os convidados dele para colocar os da Carla Camuratti!! Cadê o segurança da casa? Eu não sou louca!"
A essa altura, os assessores de imprensa tentavam evitar que os fotógrafos se aproximassem, conduzindo-os para fora com as mãos nas câmeras, como se eles fossem crianças impedidas pela mãe de assistir a um filme pornô. Surge a notícia de que alguém foi esbofeteado em função da briga. E Paula: "Jura? Vamos distribuir [o tranqüilizante] Rivotril!".
Do outro lado do teatro, Carla Camuratti é informada da confusão. "Quem disse que são meus convidados? Paula? Lavigne? Eu nem sei quem é o casal, nunca vi. Colocaram os dois ali porque havia 15 ingressos duplicados, e ainda barramos oito falsificados!"
De acordo com Carla, "é assim que funciona o Estado brasileiro". "Eles fizeram "licitação" para contratar a fabricante de ingressos que já estava dando problemas!"

Platéia recheada
Lá dentro, a platéia estava recheada de famosos. Tantos que o "assistente da presidência" (do teatro) Oscar José não parava de trazer cadeiras para colocar no fosso, onde foram acomodados os vips que ligaram de última hora. Oscar José diz que, de 70 cadeiras, o número subiu para cem. "Que bom que você conseguiu vir, Camila. Tava tão aflita", diz uma produtora para Camila Pitanga, à passagem de mais uma cadeira.
Entre outros, estavam ali Cláudia Abreu e José Henrique Fonseca, Regina Casé e Estevão Ciavatta, Ana Botafogo, Débora Bloch.
Nos últimos momentos antes de a campainha (e a voz de Paula Lavigne) soar, ainda chegava gente: Carolina Dieckmann aparece com o marido, Thiago Worcman, mais baixo que ela e até do que Marcos Frota, que está ali perto tendo uma espécie de acesso: "É lindo ver esse respeito do Caetano pelo Rei, e do Rei pelo artista da tropicália... Dois homens responsáveis pelo seu tempo, a gente fala do Brasil dos anos 60...Deixei de lado trabalho, cachê, viagens, solidões, dúvidas para estar aqui hoje".
E a socialite Astrid Monteiro de Carvalho: "Ouvia muito o Roberto Carlos em minhas viagens à fazenda com papai. Ouvi tanto que era até enjoativo. Aquilo entranhou na minha cabeça. Mas hoje eu tenho outra imagem dele".
No palco, Caetano faz movimentos sutis com as mãos, juntando-as ao estilo de Fátima Bernardes, enquanto Roberto se aferra ao cano inclinado do microfone e só abre o olho para ler de soslaio as letras das músicas colocadas no chão. O público vibra.
Depois de 20 músicas, o bis, muitas palmas e assobios, o show acaba. À saída, o empresário da noite Luiz André Calainho grita ao celular: "Não, mãe, agora não vou! Tenho que falar com o Roberto!".


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