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Após "Titanic", diretor aposta em 3D
"Avatar", superprodução de James Cameron, teve 15 minutos exibidos em 58 países, na última sexta
THIAGO NEY
DA REPORTAGEM LOCAL
Para driblar a pirataria e motivar a geração MySpace/ Orkut a sair do computador e pagar por um ingresso de cinema,
Hollywood iniciou uma ambiciosa estratégia. Em 440 salas
de 58 países, foram exibidos, na
última sexta-feira, 15 minutos
de "Avatar", filme de James Cameron que deve estrear em 18
de dezembro.
O que foi visto em São Paulo,
na sala Imax do shopping Bourbon Pompeia, não foi um trailer
nem uma sequência linear do
filme -Cameron e a Fox escolheram algumas cenas aleatórias, com a pretensão de fornecer pistas sobre o que é essa
produção cujo orçamento bate
nos US$ 240 milhões.
Esse é o primeiro longa de
Cameron desde 1997, quando
"Titanic" se tornou o filme comercialmente mais bem-sucedido da história do cinema.
Com "Avatar", o cineasta sabe que não está mais em 1997
-hoje, para ganhar uma grana
formidável no cinema, não basta escalar Leonardo DiCaprio e
afundar um transatlântico. Em
2009, não dá mais para o entretenimento ignorar indústrias
como as de games e de internet.
Assim, "Avatar" reúne, além
de elementos da ficção científica (planetas distantes...) e do cinemão clássico (o romance entre dois personagens aparentemente opostos), códigos de games, de realidade virtual, de
quadrinhos e de animação.
Ao filme: em "Avatar", Sam
Worthington é Jake Scully, um
ex-fuzileiro naval paraplégico
que se alista em uma missão de
risco no planeta Pandora.
Esse planeta é habitado por
uma espécie nativa (os Na'Vi)
que possui semelhanças com os
humanos (mas são azuis, bem
altos e possuem rabo).
Scully é colocado em uma
cápsula e seu cérebro é "transportado" para o de um Na'Vi.
Em Pandora, ele encontra um
local em que as florestas são
fluorescentes e os animais, ferozes e gigantescos.
Em uma pequena apresentação antes do início da minissessão, Cameron diz que as cenas
exibidas na sexta foram selecionadas da primeira parte do
filme, para não entregar nenhuma surpresa.
Se não dá para tirar muito do
roteiro, a tela enorme potencializa (com o perdão do termo)
os efeitos em 3D do filme -algumas sequências são vertiginosas, estonteantes, com as cores estourando.
Em uma produção que está
apoiada quase totalmente em
efeitos criados por computadores, Cameron conseguiu imprimir em seus personagens bela
dose de emoção e realismo.
O curioso é que o sucesso que
Cameron parece ter atingido
na utilização de softwares e 3D
pode limitar. Assistir a "Avatar"
numa sala Imax, em 3D, é uma
coisa -mas como transportar
essa experiência para salas de
cinema convencionais, DVD
(ou Blu-ray) ou televisão?
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