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LITERATURA
Provas corrigidas a mão da obra de Gabriel García Márquez vão a leilão e não alcançam lance mínimo
"Cem Anos" diminui diante de atentados
EM MADRI
Um dos grandes romances da
língua espanhola em todos os
tempos, "Cem Anos de Solidão",
publicado em 1967, do escritor colombiano Gabriel García Márquez, "ficou pequeno diante dos
atentados recentes nos Estados
Unidos, como o ataque ao World
Trade Center, em Nova York".
A opinião não tem nenhuma relação com os méritos literários do
autor. Foi esse o argumento usado pela diretora da casa de leilões
espanhola Velázquez, Marian
Echeto, para tentar explicar por
que as últimas provas de impressão desse clássico da literatura latino-americana, corrigidas a mão
por Márquez, não encontraram
comprador.
Os papéis estavam à venda até a
última sexta-feira, na sede da casa
de leilões em Barcelona. Ninguém
ultrapassou o lance mínimo pedido, equivalente a US$ 500 mil. Peças relacionadas com o ganhador
do Nobel de 1982, como fotografias e as primeiras edições de outros livros, foram leiloadas.
Todos os objetos pertenciam a
Héctor Delgado, herdeiro do cineasta mexicano Luis Alcoriza
(1921-1992), amigo do escritor,
que ainda não anunciou o que irá
fazer com as provas não vendidas
da obra literária.
(CASSIANO ELEK MACHADO)
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