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CRÍTICA
Grupo padroniza a bossa eletrônica
DA REPORTAGEM LOCAL
Tributário direto do retorno eletrônico da bossa de
Marcos Valle nos anos 90, o grupo
carioca Bossacucanova volta a tais
fusões em seu terceiro álbum.
Valle é um dos participantes, ao
lado de Roberto Menescal, Orlandivo, Trio Mocotó, Wilson Simoninha e outros; o álbum, como o
do precursor, é independente e
distribuído pela Trama.
Ressentindo-se da ausência do
DJ Marcelinho da Lua, que partiu
para carreira solo, o Bossacucanova entra em contradição com o
título do CD, "Uma Batida Diferente". É que, sedimentadas suas
experiências e as de artistas como
Fernanda Porto, a bossa eletrônica já vira moda e molde de repetição, pequena prisão estética.
De novo por contradição, os
melhores momentos do CD são
os que encaram com mais radicalismo a eletronização da vetusta
bossa nova. É o que ocorre na intervenção do grupo europeu
abrasileirado Zuco 103, em "O
Samba da Minha Terra", ou em
"Bonita", com Menescal. É o que
não ocorre na esperta lembrança
de "Vai Levando", rara parceria
de Chico e Caetano, que apesar da
presença do Trio Mocotó soa como pastiche da original.
(PAS)
Uma Batida Diferente
Artista: Bossacucanova
Lançamento: Cucamonga/Trama
Quanto: R$ 30, em média
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