São Paulo, sexta-feira, 24 de setembro de 2004

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CRÍTICA

Grupo padroniza a bossa eletrônica

DA REPORTAGEM LOCAL

Tributário direto do retorno eletrônico da bossa de Marcos Valle nos anos 90, o grupo carioca Bossacucanova volta a tais fusões em seu terceiro álbum.
Valle é um dos participantes, ao lado de Roberto Menescal, Orlandivo, Trio Mocotó, Wilson Simoninha e outros; o álbum, como o do precursor, é independente e distribuído pela Trama.
Ressentindo-se da ausência do DJ Marcelinho da Lua, que partiu para carreira solo, o Bossacucanova entra em contradição com o título do CD, "Uma Batida Diferente". É que, sedimentadas suas experiências e as de artistas como Fernanda Porto, a bossa eletrônica já vira moda e molde de repetição, pequena prisão estética.
De novo por contradição, os melhores momentos do CD são os que encaram com mais radicalismo a eletronização da vetusta bossa nova. É o que ocorre na intervenção do grupo europeu abrasileirado Zuco 103, em "O Samba da Minha Terra", ou em "Bonita", com Menescal. É o que não ocorre na esperta lembrança de "Vai Levando", rara parceria de Chico e Caetano, que apesar da presença do Trio Mocotó soa como pastiche da original. (PAS)


Uma Batida Diferente   
Artista: Bossacucanova
Lançamento: Cucamonga/Trama
Quanto: R$ 30, em média



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