São Paulo, sábado, 24 de setembro de 2011

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Editora investe R$ 300 mil para tentar, enfim, emplacar o autor

DE SÃO PAULO

James Patterson tem mais de uma dezena de títulos publicados no Brasil desde os anos 1980, com lançamentos regulares. Ainda assim, nunca conquistou por aqui nem um átimo do sucesso que faz no exterior, em especial nos países de língua inglesa.
Alheia à evidência -ou quem sabe desafiada por ela-, a editora Arqueiro apostou alto para lançar dois novos títulos de Patterson no Brasil, "O Dia da Caça" (da série do detetive Alex Cross) e "4 de Julho" (do "Clube das Mulheres contra o Crime").
Chegaram, na Bienal do Livro do Rio, no início do mês, embalados por um investimento de R$ 300 mil em divulgação, que inclui anúncios na TV paga, no metrô de São Paulo e em ônibus do Rio.
"Não quero pensar em por que ele não aconteceu, mas em como vamos fazê-lo acontecer", afirma Marcos Pereira, um dos donos da Arqueiro (e da Sextante, assídua nas listas de best-sellers).
O editor considera que até pouco tempo atrás "o Brasil não tinha uma cultura de [ler] literatura comercial, livros de entretenimento", mas diz que o quadro vem se alterando.
A Arqueiro fechou contrato para lançar 15 livros de Patterson. Os dois primeiros tiveram tiragem inicial de 30 mil exemplares cada um. Em 2012, sai um da série infantojuvenil "A Bruxa e o Mago".
"Às vezes o livro não é publicado corretamente. Isso me ocorre de vez em quando. Quanto mais gente sabe do livro, mais ele acontece", comenta Patterson sobre sua situação peculiar no Brasil.
"'Alex Cross' e o 'Clube das Mulheres contra o Crime' são as séries de mistério mais populares do mundo nos últimos anos. E as pessoas ao redor do mundo não são idiotas", gaba-se o americano.
Questionada sobre quantos livros de Patterson vendeu, a Rocco -que tem em catálogo sete títulos do autor, entre eles "3º Grau" e "Dupla Cilada para Cross"- preferiu não se manifestar. Tampouco quis opinar sobre os motivos de o autor não reproduzir aqui o êxito de outros países.
Antes da Rocco, a obra de Patterson foi editada no Brasil pela Best-Seller e, antes ainda, pela Record, que o publicou em 1980. (FABIO VICTOR)



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