DA REPORTAGEM LOCAL

Um regresso temporal marca a passagem de "Os Normais" da TV para o cinema, onde os personagens Rui (Luiz Fernando Guimarães) e Vani (Fernanda Torres) estréiam hoje, simultaneamente em 257 salas brasileiras.
"Os Normais - O Filme" flagra o casal não em sua convivência diária (como era típico no seriado, extinto da grade de programação da TV Globo neste mês), mas no momento em que se conhecem -o dia de seus respectivos casamentos com outros pares, interpretados por Marisa Orth (Marta) e Evandro Mesquita (Sérgio).
O diretor do filme, José Alvarenga Jr., é o mesmo que respondeu pela direção do seriado, durante os três anos em que o programa esteve no ar.
Premiada em Cannes como melhor atriz em 1986 pelo dramático "Eu Sei que Vou te Amar", de Arnaldo Jabor, Fernanda Torres diz que se considera "uma atriz tragicômica" e que "é muito confortável entrar num filme tendo o personagem na mão", como é o caso desse "Os Normais".
"Eu não trabalho para prêmio. Isso não é relevante. Relevante é a sucessão de trabalhos que ao longo da sua vida você vai fazendo", afirma a atriz.
Torres diz também que "é tocante" dividir o set com Guimarães e Mesquita. "Sempre tenho uma certa emoção de ter visto [o grupo teatral carioca] O Asdrúbal Trouxe o Trombone [do qual os atores faziam parte], quando tinha 12 anos, e hoje trabalhar com eles, tê-los como parceiros, o que era inimaginável."

Investimento
A produção de "Os Normais - O Filme" custou R$ 2 milhões. Valor idêntico foi gasto na campanha de divulgação da sua estréia. Derivado da TV Globo, o longa tem produção da Globo Filmes, em associação com MI5 e a distribuidora Lumière. Configura-se como aposta num modelo de filme com custo enxuto e alta rentabilidade.
A equiparação dos custos de produção e lançamento é incomum no mercado cinematográfico. "Carandiru", o maior público do cinema nacional em 2003 (4,6 milhões), teve custo de produção de R$ 12 milhões e consumiu R$ 3,2 milhões na campanha de lançamento, em 276 salas. (SA)


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