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São Paulo, sexta-feira, 24 de outubro de 2003

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RUÍDO

Gal bancará show que gravadora não quis

PEDRO ALEXANDRE SANCHES
DA REPORTAGEM LOCAL

Gal Costa se mobiliza após o cancelamento da gravação do DVD ao vivo que seria seu primeiro trabalho pela Indie Records -e virou só CD de estúdio, que sai em novembro, sob o título "Todas as Coisas e Eu".
Ela diz que decidiu bancar com a diretora Bia Lessa a produção do show. "Vamos colocá-lo no palco exatamente como Bia imaginou. Será um espetáculo visualmente belo, mas de fácil realização", afirma a artista, que cantará clássicos pré-tropicália e pré-bossa nova.
"São canções que fizeram parte da minha formação musical e estão na memória coletiva dos brasileiros, pérolas como "Folhas Secas", "Copacabana" e "Ave Maria no Morro'", explica.
Embora a Indie diga que "adiou" a produção do show e do DVD por falta de tempo para executá-los e que o assunto está encerrado, Gal reafirma que o desacordo foi de orçamento:
"A uma semana da estréia eles alegaram que não tinham verba para realizar o espetáculo como concebido por Bia e nos pediram para reduzi-lo. Não aceitei, seria descaracterizá-lo".
Gal se justifica: "Tenho que zelar pela minha carreira e minha integridade artística. Preferi arcar com o desgaste do cancelamento que oferecer ao público menos do que ele merece ou está acostumado a receber de mim".

O NÃO-LANÇAMENTO

O gaúcho Vitor Ramil, irmão caçula dos mais conhecidos Kleiton & Kledir, tem conduzido trajetória à margem desde ao menos 1981, quando estreou num LP nacional com "Estrela, Estrela". A faixa-título, à época também gravada por Gal Costa e Kleiton & Kledir, é a mesma que foi recém-ressuscitada por Maria Rita como faixa-bônus de seu CD de estréia. "Estrela, Estrela" demonstrava veia poética e musical que se intensificaria nos discos posteriores -esse primeiro ainda era imaturo, às vezes quase inconvincente. Outros de seus discos o próprio Vitor já tratou de relançar em CD à sua maneira, lá do Rio Grande do Sul. "Estrela, Estrela" pertence ao acervo da Universal, que iniciou grande esforço de retomada de catálogo há dois anos, mas em 2003 deu de ficar inerte outra vez.

ACABOU CHORARE
Investindo no filão dos tributos, a Deckdisc vai regravar com cantores convidados o clássico "Acabou Chorare" (72), dos Novos Baianos. A gravadora acaba de fazer o mesmo com o LP de 73 dos Secos & Molhados. E planeja para 2004 tributo ao sambista Roberto Ribeiro, nos moldes do de Clara Nunes, recém-lançado.

PARA TODOS
Os Paralamas do Sucesso gravam em novembro show que virará CD ao vivo e DVD a sair no início de 2004. A lista de convidados especiais inclui Djavan, Nando Reis, Frejat, Dado Villa-Lobos e Andreas Kisser -e canções que já registraram ao vivo não terão vez, prometem. Os Paralamas prometem CD de inéditas para o segundo semestre de 2004.

A DESPEDIDA
O DVD brasileiro encontra nova razão de existir: "Danado de Bom" traz de volta ao mercado, em movimento, a imagem hoje rara de Luiz Gonzaga (1912-89). É um show de 84, em que Gonzagção anunciava sua despedida do palco, com participações de Fagner, Gonzaguinha, Elba Ramalho etc. As imagens foram licenciadas à gravadora BMG pela Rede Globo, para sair também em CD e VHS.

psanches@folhasp.com.br

PATIFE QUER MOCOTÓ
O DJ Patife chamou o Trio Mocotó para participar de uma faixa de disco que ele deve lançar em 2004; antes, lança CD de remixes feito em dupla com Mad Zoo.


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