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RUÍDO
Gal bancará show que gravadora não quis
PEDRO ALEXANDRE SANCHES
DA REPORTAGEM LOCAL
Gal Costa se mobiliza após
o cancelamento da gravação do DVD ao vivo que seria
seu primeiro trabalho pela Indie
Records -e virou só CD de estúdio, que sai em novembro, sob
o título "Todas as Coisas e Eu".
Ela diz que decidiu bancar
com a diretora Bia Lessa a produção do show. "Vamos colocá-lo no palco exatamente como
Bia imaginou. Será um espetáculo visualmente belo, mas de
fácil realização", afirma a artista,
que cantará clássicos pré-tropicália e pré-bossa nova.
"São canções que fizeram parte da minha formação musical e
estão na memória coletiva dos
brasileiros, pérolas como "Folhas Secas", "Copacabana" e "Ave
Maria no Morro'", explica.
Embora a Indie diga que
"adiou" a produção do show e
do DVD por falta de tempo para
executá-los e que o assunto está
encerrado, Gal reafirma que o
desacordo foi de orçamento:
"A uma semana da estréia eles
alegaram que não tinham verba
para realizar o espetáculo como
concebido por Bia e nos pediram para reduzi-lo. Não aceitei,
seria descaracterizá-lo".
Gal se justifica: "Tenho que zelar pela minha carreira e minha
integridade artística. Preferi arcar com o desgaste do cancelamento que oferecer ao público
menos do que ele merece ou está
acostumado a receber de mim".
O NÃO-LANÇAMENTO
O gaúcho Vitor Ramil, irmão caçula dos mais conhecidos Kleiton & Kledir, tem
conduzido trajetória à margem desde ao menos 1981,
quando estreou num LP nacional com "Estrela, Estrela". A faixa-título, à época
também gravada por Gal
Costa e Kleiton & Kledir, é a
mesma que foi recém-ressuscitada por Maria Rita como faixa-bônus de seu CD
de estréia. "Estrela, Estrela"
demonstrava veia poética e
musical que se intensificaria
nos discos posteriores -esse primeiro ainda era imaturo, às vezes quase inconvincente. Outros de seus discos
o próprio Vitor já tratou de
relançar em CD à sua maneira, lá do Rio Grande do Sul.
"Estrela, Estrela" pertence
ao acervo da Universal, que
iniciou grande esforço de retomada de catálogo há dois
anos, mas em 2003 deu de ficar inerte outra vez.
ACABOU CHORARE
Investindo no filão dos
tributos, a Deckdisc vai
regravar com cantores
convidados o clássico "Acabou
Chorare" (72), dos Novos
Baianos. A gravadora acaba de
fazer o mesmo com o LP de 73
dos Secos & Molhados. E
planeja para 2004 tributo ao
sambista Roberto Ribeiro, nos
moldes do de Clara Nunes,
recém-lançado.
PARA TODOS
Os Paralamas do Sucesso
gravam em novembro show
que virará CD ao vivo e DVD a
sair no início de 2004. A lista de
convidados especiais inclui
Djavan, Nando Reis, Frejat,
Dado Villa-Lobos e Andreas
Kisser -e canções que já
registraram ao vivo não terão
vez, prometem. Os Paralamas
prometem CD de inéditas para
o segundo semestre de 2004.
A DESPEDIDA
O DVD brasileiro encontra
nova razão de existir: "Danado
de Bom" traz de volta ao
mercado, em movimento, a
imagem hoje rara de Luiz
Gonzaga (1912-89). É um show
de 84, em que Gonzagção
anunciava sua despedida do
palco, com participações de
Fagner, Gonzaguinha, Elba
Ramalho etc. As imagens
foram licenciadas à gravadora
BMG pela Rede Globo, para
sair também em CD e VHS.
psanches@folhasp.com.br
PATIFE QUER MOCOTÓ
O DJ Patife chamou o Trio Mocotó
para participar de uma faixa de disco que ele deve lançar em 2004;
antes, lança CD de remixes feito em dupla com Mad Zoo.
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