São Paulo, sexta-feira, 24 de outubro de 2008

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Crítica

Comédia "Golpe de Mestre" é hino à rebeldia

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Existe uma arte da comédia fina que parece cada vez mais distante. Ela já estava distante ali nos idos de 1973, quando foi feito "Golpe de Mestre" (TCM, 22h; classificação indicativa não informada) -e, àquela altura, Billy Wilder ainda estava vivo e ativo.
O grande momento dessa comédia são os anos 1930 até os 40. É uma arte do encontro, como a vida segundo Vinicius. Ela se funda sobre um roteiro exemplar. Mas há necessidade de produtores que banquem esse roteiro, de um diretor que explore sua potencialidade e, sobretudo, de atores que dêem vida aos personagens.
Embora o indicado ao Oscar de melhor ator tenha sido Robert Redford, que entra com sua agilidade e elegância na história, quem conduz a trama, com seu caráter, é o personagem de Paul Newman, que está disposto a vingar a morte de seu mestre de malandragens por um gângster.
De passagem, este é um alegre elogio do espírito de rebeldia, coisa que Hollywood se permitia naquele momento.


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