São Paulo, quinta-feira, 24 de novembro de 2005

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

A HORA DO ESPANTO

Quarta versão da série, "Cálice de Fogo" tem pré-estréia nesta noite em SP e chega amanhã a 620 salas do país

Harry Potter fica sombrio e agrada a fãs

Marlene Bergamo/Folha Imagem
Fãs em sessão para convidados do novo filme "Harry Potter'


THIAGO STIVALETTI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Ninguém acredita em bruxos, mas que eles existem, existem. "Harry Potter e o Cálice de Fogo", adaptação do quarto livro do bruxinho criado pela britânica J.K. Rowling, estreou na última sexta nos EUA faturando US$ 101 milhões (cerca de R$ 227 milhões) no fim de semana. Não só superou os filmes anteriores da série como foi a quarta maior abertura de todos os tempos, perdendo apenas para "Homem-Aranha", "Star Wars: Episódio 3" e "Shrek 2". Entre todos esses, porém, é o único que conseguiu esse resultado sem estrear em maio ou junho, temporada de verão americana. Em outros 19 países que também lançaram o filme na semana passada, foram mais US$ 80 milhões (R$ 180 milhões) de faturamento.
No Brasil, o filme estréia amanhã em 620 salas. Os mais fanáticos assistiram antes: anteontem, 1.100 espectadores viram "O Cálice" espalhados por sete salas do shopping Villa-Lobos.
Harry vive agora sua complicada adolescência: tem até de passar pela dura prova de convidar uma menina para o baile. As fãs não ficam atrás: na cena em que ele surge sem camisa, a reação das meninas na sala é sonora, mas reprimida pelos meninos presentes.
Na saída, sob o impacto da sessão, quase todos consideravam "O Cálice" o melhor da série. E também o mais sombrio, mas nada que assustasse fãs menores, como Rodolfo Rodrigues, 12, que foi fantasiado de Ron Weasley, o melhor amigo de Harry. ""O Cálice" é mais explicativo. Mesmo quem não leu o livro vai entender", diz o administrador José Ricardo Rio, 28, que estava fantasiado de Salazar, um dos fundadores do colégio Hogwarts. Ele é um dos organizadores da Associação Potteriana, fã-clube de 400 membros.
Os fãs que lêem e relêem os livros apontam lacunas. "Senti falta do Ludo Bagman, um dos juízes do torneio de bruxos. E o labirinto tinha mais monstros no livro. Talvez eles não tenham conseguido efeitos especiais", diz Fernão Mesquita, 9, vestido a caráter.
Os estudantes Giovanni Laranjo, 21, e Vinicius Durães, 20, reclamaram de algumas ausências: o elfo Dobby, que no livro fornece a Harry o guernicho, a planta que lhe permite sobreviver um longo tempo embaixo d'água; o campeonato de quadribol e a parte em que a jornalista Rita Skeeter se transforma em um besouro. Por outro lado, sobram elogios para as cenas com o vilão Voldemort.
Os mais ansiosos poderão assistir ao filme ainda hoje, a partir das 23h50, nos cinemas da rede Cinemark -em SP, com exceção das praças de Jacareí, São José dos Campos e Praia Grande. Amanhã, às 20h30, há uma sessão especial para os fãs no Bristol (av. Paulista, 2.064, tel. 0/xx/11/3289-0509), onde todos prometem ir vestidos de bruxo. Ao final, pretendem atravessar a av. Paulista em direção à livraria Cultura (tel. 0/xx/11/ 3170-4033), que vende a partir das 24h (madrugada de sexta para sábado) a versão em português do sexto livro, "Harry Potter e o Enigma do Príncipe". Por ali, devem promover concurso de fantasia e outros eventos -a Cultura vai ficar aberta até a 1h.


Texto Anterior: Programação de TV
Próximo Texto: Crítica: Longa é bom, mas não leve as crianças
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.