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Queen não morreu, diz guitarrista
Com vocalista Paul Rodgers, banda vem pela terceira vez ao país fazer show com muitos clássicos
Guitarrista e baterista do
Queen se unem a cantor de hard rock inglês para mostrar canções famosas na voz de Freddie Mercury
IVAN FINOTTI
DA REPORTAGEM LOCAL
No dia 6 de julho de 1973, a
banda Queen lançava seu primeiro single, "Keep Yourself
Alive", cuja tradução é "mantenha-se vivo".
Trinta e cinco anos e quatro
meses depois, a conversa com
Brian May, o autor daquela música -e que traz o Queen mais
uma vez para o Brasil nesta semana-, gira justamente em
torno disso.
"Temos já três anos de interação com Paul Rodgers como
vocalista", disse May, de um
hotel em Santiago, no Chile,
onde estava na semana passada. "Estivemos em duas turnês
juntos. A diferença é que agora
temos material novo, o que significa muito pra gente. Não estamos só repetindo o passado,
sabe? Não estamos mortos."
"Claro que fazemos os hits.
Lógico que sabemos que as pessoas querem ouvir as canções
antigas. Então tocamos hits do
Queen e alguns hits das bandas
de Paul Rodgers. Não tocamos
tudo porque demoraria 24 horas. E temos alguns momentos
especiais, com Freddie cantando no telão, enquanto nós tocamos ao vivo", contou.
O guitarrista Brian May, o
baterista Roger Taylor e o novo
vocalista acabam de lançar
"The Cosmos Rocks", que não é
exatamente um álbum do
Queen (Freddie Mercury morreu em 1991 e o baixista John
Deacon não quis participar do
disco nem dos shows). Assim, o
novo CD é creditado a Queen +
Paul Rodgers.
Rodgers é um veterano do
hard rock inglês dos anos 60 e
70, quando encabeçava bandas
como Free e Bad Company
-basicamente grupos decalcados do Led Zeppelin.
Sua ligação com o Queen começou em 2005, num show comemorativo em que cantou
"All Right Now", seu maior hit
com o Free.
Na guitarra naquela ocasião,
Brian May se empolgou com os
berros poderosos de Rodgers
-um dos vocalistas que inspiravam Freddie Mercury no início da carreira no Queen.
"Eu não estava procurando
participar de uma banda, tanto
é que ainda toco solo com meu
próprio grupo", disse Rodgers à
Folha. "Mas, depois daquele
show, nos reunimos para umas
apresentações em Londres. Só
por diversão, sabe? E então vieram alguns shows na Europa. E
agora uma turnê mundial."
Brian May falou da união de
forças: "Não foi uma decisão;
foi mais orgânico. Eu era contra achar um substituto para
Freddie. Não queria ninguém
imitando-o, por exemplo".
"Eu estava feliz em não estar
mais no Queen. Quero dizer, há
coisas na vida além do Queen.
Mas então tocamos "All Right
Now" e rolou. Freddie era fã de
Rodgers, o que tornou a coisa
ainda mais interessante", disse.
Com Freddie Mercury, o
Queen esteve no Brasil em
1981, no estádio do Morumbi, e
em 1985, no Rock in Rio.
QUEEN + PAUL RODGERS
Quando: qua. e qui, em SP; sáb., no
Rio; sempre às 22h
Onde: Via Funchal (r. Funchal, 65, São
Paulo; www.viafunchal.com.br) e
HSBC Arena (av. Embaixador Abelardo Bueno, 3.401, Barra da Tijuca,
Rio; www.livepass.com.br)
Quanto: de R$ 270 a R$ 900 (SP) e de
R$ 120 a R$ 500 (Rio)
Classificação: 14 anos (SP) e 16 (Rio)
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