São Paulo, quinta-feira, 25 de janeiro de 2007 |
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Cinema/estréia "A TV contribui com o cinema"
Guel Arraes rebate crítica de Walter Salles sobre "invasão da estética televisiva" nos filmes nacionais FOLHA - Qual é a especificidade do cinema em relação à TV? GUEL ARRAES - Existe um cinema mais popular e um mais experimental. Antigamente, os filmes brasileiros populares eram os infantis, de Renato Aragão, e, mais recentemente, os de Xuxa. De uns anos para cá, o cinema popular ficou muito variado e interessante. Filmes como "Cidade de Deus" [Fernando Meirelles, 2002] romperam a fronteira do que é experimental e do que é popular. O leque abriu, e parece que isso aumentou a implicância das pessoas. Antes, passado um período de implicância com Renato Aragão, o próprio pessoal do cinema novo dizia que era legal conquistar público para o cinema brasileiro. Hoje em dia, que você tem, além de Renato Aragão, um monte de outras coisas, vejo as pessoas meio mal-humoradas com isso. O cinema popular obviamente vai se aproximar de uma TV brasileira popular, que contribuiu para ele, com a qualidade, com a inspiração, com seus artistas e técnicos. Esse tipo de filme não me parece ter ameaçado o cinema experimental, que tem uma produção muito variada também. FOLHA - Quando cita a "implicância" com o cinema que se aproxima
da TV, você se refere à recente declaração do diretor Walter Salles de
que "o cinema brasileiro está sendo
invadido pela estética televisiva"?
FOLHA - Como você define a "estética televisiva"?
FOLHA - A resistência à idéia de que
a TV possa contribuir com o cinema
tem a ver com o estado de "subdesenvolvimento" industrial do cinema brasileiro, que o deixa propenso
a viver no nicho experimental?
FOLHA - As sessões de "A Grande
Família - O Filme" serão antecedidas
do trailer de "Ó, Paí, Ó", de Monique
Gardenberg. O público brasileiro está preparado para abraçar um filme
baiano, com elenco 99% negro?
FOLHA - De que trata seu próximo
filme, "Romance"?
FOLHA - Parece ser um filme com
perfil para o Festival de Cannes.
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