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Crítica
Filme de Sam Peckinpah mantém vigor
PAULO SANTOS LIMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O melhor momento de "Não
Estou Lá", o longa em que Todd
Haynes desdobra o "personagem" Bob Dylan para chegar ao
"homem" Bob Dylan (com estréia no Brasil prevista para 7/
3), é quando Dylan (feito por
Richard Gere) surge mais velho
num ambiente que lembra o
western e para o qual ele contribuiu com a trilha, o "Pat
Garrett & Billy the Kid"
(TCM, 22h) de Sam Peckinpah.
Na reverência a Dylan, Haynes se volta para este filme rebelde, realizado numa década
(a de 70) em que certos valores
cristalinos, como os do faroeste, foram tumultuados.
Pouco antes, nos anos 60,
Peter Fonda dirigia "Sem Destino" (TCM, 23h50). O tempo
fez esse grande símbolo perder
o seu viés de rebeldia. Consumir ácido e andar de moto sem
destino perderam o tom provocativo, viraram coisas de seu
tempo. E o filme tornou-se
um clássico.
Talvez pela música de Dylan,
sabe-se lá, mas "Pat Garrett &
Billy the Kid" manteve seu vigor, não caducou. O filme de
Haynes que o diga.
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