São Paulo, sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Crítica

Filme de Sam Peckinpah mantém vigor

PAULO SANTOS LIMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O melhor momento de "Não Estou Lá", o longa em que Todd Haynes desdobra o "personagem" Bob Dylan para chegar ao "homem" Bob Dylan (com estréia no Brasil prevista para 7/ 3), é quando Dylan (feito por Richard Gere) surge mais velho num ambiente que lembra o western e para o qual ele contribuiu com a trilha, o "Pat Garrett & Billy the Kid" (TCM, 22h) de Sam Peckinpah.
Na reverência a Dylan, Haynes se volta para este filme rebelde, realizado numa década (a de 70) em que certos valores cristalinos, como os do faroeste, foram tumultuados.
Pouco antes, nos anos 60, Peter Fonda dirigia "Sem Destino" (TCM, 23h50). O tempo fez esse grande símbolo perder o seu viés de rebeldia. Consumir ácido e andar de moto sem destino perderam o tom provocativo, viraram coisas de seu tempo. E o filme tornou-se um clássico.
Talvez pela música de Dylan, sabe-se lá, mas "Pat Garrett & Billy the Kid" manteve seu vigor, não caducou. O filme de Haynes que o diga.


Texto Anterior: Especial: SescTV e Cultura homenageiam SP
Próximo Texto: Resumo das novelas
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.