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Vilã de "Malhação" vira santa em novela
Nathalia Dill, que começou na novelinha adolescente, protagoniza o novo folhetim das seis, "Paraíso"
JULIANA LUGÃO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Débora Falabella fez em 1998
e estourou em "O Clone"
(2002). Priscila Fantin, em
1999, e logo conquistou destaque. Thiago Lacerda participou
e se tornou o mocinho de "Terra Nostra" (1999).
Em 2008, foi Nathalia Dill,
22, quem fez sucesso em "Malhação" e agora se prepara para
ser uma das protagonistas de
uma novela. A atriz é mais um
exemplo de como a novelinha
adolescente funciona como catapulta para atores e atrizes
que estão começando na Rede
Globo.
Assim, Nathalia parte da vilã
carioca Débora, sucesso entre
os fãs, para a mocinha do interior Maria Rita, a Santinha, em
um remake de "Paraíso", sucesso de 1982 assinado por Benedito Ruy Barbosa.
Será a próxima novela das
seis, substituindo "Negócio da
China", de Miguel Falabella,
que teve a pior audiência nessa
faixa de horário desde 2000.
Com estreia prevista para a
primeira quinzena de março,
Nathalia ainda não começou a
gravar e está aproveitando para
descansar. Com a equipe já em
Mato Grosso, ela não tem mais
como preparar seu novo personagem -o que fez em dezembro, assim que se despediu da
vilã Débora.
"A Débora é mais próxima de
mim: é carioca, parecida. A outra [Maria Rita] é religiosa, uma
mocinha; e as mocinhas são cada vez mais raras nos dias de
hoje... Então o personagem fica
mais distante", afirma a atriz,
que está focando o estudo da
nova personagem na descoberta da religião e em amenizar o
sotaque carioca -carregado-
para viver a menina do interior.
Teatro e cinema
Contratada da emissora até
2012, Nathalia trancou a matrícula no curso de direção teatral
na Universidade Federal do Rio
de Janeiro para se dedicar ao
trabalho na televisão.
"A minha preferência era poder fazer tudo sempre, né? Eu
fiquei um tempo fazendo TV e
senti necessidade do teatro [ficou um mês em cartaz com "Boca de Cowboy", com direção de
Michel Bercovitch], mas enlouqueci", conta ela, que fez participações em "Tropa de Elite",
de José Padilha, "Feliz Natal",
de Selton Mello, e "Apenas o
Fim", do jovem Matheus Souza.
A experiência da carioca é
grande para quem tem apenas
22 anos. Nascida e criada na zona sul do Rio, já no jardim de infância fazia aulinhas de atuação. E nunca mais parou. Durante a adolescência, procurou
cursos livres e a escolha pela faculdade não foi uma dúvida
-ainda que os pais não façam
parte do meio ("eles consomem
arte e cultura, sabe?").
Certa apenas de que gosta de
atuar, Nathalia ainda está descobrindo o que quer.
"É engraçado: eu não tenho o
meu "projeto de vida': a peça
que eu sonho em montar [ou
interpretar] ainda não descobri, e acho que é porque ela ainda nem está escrita."
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