São Paulo, terça-feira, 25 de janeiro de 2011

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Galeno Amorim quer livros mais baratos para a "cesta da classe C"

Novo presidente da Biblioteca Nacional assume com a missão de ampliar o acesso à leitura

Afilhado político de Antonio Palocci (PT), jornalista foi secretário em Ribeirão e criou o Plano Nacional do Livro

JULIANA COISSI
DE RIBEIRÃO PRETO

Alçado ao governo federal pelo padrinho político Antonio Palocci (PT) ainda no primeiro governo Lula, o jornalista e escritor Galeno Amorim volta ao cenário nacional com uma missão: fazer os livros "caberem na cesta da classe C" brasileira.
Ele foi anunciado na última sexta-feira como o novo presidente da Fundação Biblioteca Nacional.
Secretário da Cultura de Ribeirão Preto entre 2001 e 2002, durante a gestão de Palocci como prefeito, Galeno foi um dos criadores da Feira do Livro de Ribeirão e ficou conhecido por ter inaugurado 80 bibliotecas.
Leia a seguir os principais trechos da entrevista.

 


Folha - Quando veio o convite para assumir a Biblioteca?
Galeno Amorim
- Veio desde que a ministra [Ana de Hollanda] foi escolhida. Sou da área, criei o Plano Nacional do Livro e da Leitura (PNLL) [criado em 2006, o Plano coordena a implantação de programas de leituras e de bibliotecas no país].

A Biblioteca Nacional fez 200 anos e sofre com excesso de livros e um espaço desgastado. O que pretende fazer?
Será feita uma obra muito grande de reforma em um prédio de apoio à Biblioteca Nacional, que fica na região do cais [do porto de Santos]. Vou me reunir com a atual direção, me inteirar dos planos, para então anunciar.

Quais suas prioridades?
A grande novidade é que a Biblioteca Nacional também terá a responsabilidade sobre a política pública do livro. Hoje, isso é concentrado no Ministério da Cultura.
A prioridade maior é buscar formas de ampliar o acesso aos livros e outros materiais de leitura, no sentido de revitalizar as bibliotecas no Brasil afora, de trazer programas que incentivem a edição de livros mais baratos que caibam na cesta da classe C e buscar ampliar os índices nacionais de leitura.

Qual é o índice atual?
Um estudo recente que fiz, chamado "Retratos da Leitura no Brasil" (2008), indica que são 4,7 livros lidos por brasileiro por ano. Em 2011, deve ter um índice novo.

E como ampliar o acesso ao livro? Com mais bibliotecas?
Ampliar o acesso significa não só contribuir para a abertura de novas bibliotecas, o que vem sendo feito, mas também fortalecer e revitalizar as existentes. Até março, o ministério deve ter uma definição dos orçamentos para cada uma das áreas, e aí será possível estabelecer metas.

Como funcionará o Instituto Brasileiro do Livro e Leitura?
O Instituto deve concentrar toda a parte da política pública de livro, literatura e bibliotecas do Ministério da Cultura. Ele terá uma atribuição distinta daquela que tem a Fundação Biblioteca Nacional, que é mais voltada à gestão da própria biblioteca.


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