São Paulo, quarta-feira, 25 de março de 2009

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TELEVISÃO

Crítica

Moretti volta desiludido em "O Crocodilo"

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Se tomarmos um filme como "Caro Diário", de Nanni Moretti, que voltou a ser exibido na TV paga, e o compararmos ao mais recente "O Crocodilo" (Cinemax, 22h, não indicado para menores de 12 anos), será fácil verificar uma queda de inspiração no comediante italiano.
No primeiro filme, existe um misto de esperança, inconformismo, surpresa e temor diante do mundo. Doze anos depois, a observação do mundo (da Itália, em particular) é mais ferina ainda, mas francamente desiludida. É como se não houvesse nada a esperar. Nada de bom, em todo caso.
Mas há, ainda assim, bastante humor na história do produtor de cinema que decide voltar à ativa com a história de um magnata das comunicações, sem saber que esse magnata é Silvio Berlusconi, dono de um império de TV e primeiro-ministro. O cinema italiano credita sua crise a Berlusconi. Há exagero nisso, mas Berlusconi é possivelmente o fundo do poço: a Itália precisa se repensar (se a TV não impedir).


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