São Paulo, quinta-feira, 25 de março de 2010

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Mostras na Itápolis e em museu destacam arquiteto

DA REPORTAGEM LOCAL

Quando Gregori Warchavchik ergueu a casa da rua Itápolis, feita para abrigar uma exposição de arte moderna, com Lasar Segall e Tarsila do Amaral, foi acusado por críticos de impor uma "insensatez artística" aos moradores de São Paulo.
Exatos 80 anos depois, é uma construção que não envelheceu. Em linhas ortogonais, de concreto armado, está em plena forma -funcional, pura e despojada- que quis o primeiro arquiteto moderno do país.
"Não procuramos criar um objeto de beleza", escreveu Warchavchik, em 1928. "Queremos que seja de perfeita utilidade, queremos que não custe mais do que necessário."
Seguindo esse mesmo raciocínio, Warchavchik ergueu na Vila Mariana um conjunto de sobrados de classe média, funcionais e econômicos, de plantas pequenas e bem resolvidas.
No lugar do choque causado há 80 anos, agora são construções que entraram para a história do modernismo brasileiro.
Se a casa da Itápolis não volta a abrigar obras de Tarsila e companhia, como exibiu em 1930, agora expõe plantas dos principais projetos de seu arquiteto.
Também voltam a ocupar os cômodos da casa alguns móveis desenhados por Warchavchik.
"A preocupação era fazer uma casa mais econômica, que fizesse sentido", diz o neto do arquiteto, Carlos Eduardo Warchavchik. "Também queria mostrar como a arte pode ser integrada à arquitetura, já com os móveis lá dentro e a decoração."
Paralela à mostra da casa na rua Itápolis, o Museu da Casa Brasileira exibe agora maquetes da Casa Modernista, na rua Santa Cruz, e outra do interior da casa no Pacaembu. (SM)


MODERNISTA 80 ANOS
Quando: abertura hoje, às 19h; qua. a sex., das 13h às 18h; sáb. e dom., das 10h às 18h; até 21/4
Onde: Casa Modernista (r. Itápolis, 961, tel. 0/xx/11/3034-1827)
Quanto: entrada franca

GREGORI WARCHAVCHIK
Quando: de ter. a dom., das 10h às 18h; até 18/4
Onde: MCB (av. Brig. Faria Lima, 2.705, tel. 0/xx/11/3032-3727)
Quanto: entrada franca




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