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Blockbusters já batem recordes
"Homem-Aranha 3" será vinculado a 2.000 produtos; empresa investe R$ 5 mi para lançar "Piratas do Caribe 3"
Lançamento de "Shrek Terceiro" aproveita início das férias e associa imagem do
ogro verde a pelo menos quatro empresas globais
Divulgação
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Sandman (Thomas Haden Church) e Homem-Aranha (Tobey Maguire) em cena de "Homem-Aranha 3', que inicia temporada |
DA REPORTAGEM LOCAL
O último dos blockbusters
número três a chegar ao mercado brasileiro, "Shrek Terceiro",
em 15 de junho, não é necessariamente um lanterninha. Nesse mercado, um filme pode funcionar mais como um chamariz
para uma série de produtos a
serem comercializados.
"Ser o último da fila privilegia "Shrek'", diz o diretor-geral
da Paramount Pictures Brasil,
Cesar Silva. "Todos que forem
assistir ao "Homem-Aranha" e
"Piratas" vão ver o trailer de
"Shrek" e ficar curiosos. Além
disso, ele entra em cartaz um
pouco antes das férias escolares por aqui, e este é um tipo de
filme que atrai crianças, além
de adolescentes e adultos."
De olho principalmente nesse mercado, as distribuidoras já
estão preparando outra invasão, a dos bonequinhos, comidas, roupas etc.
A Paramount, por exemplo,
diz que o ogro verde -que no
Brasil terá a voz do dublador
profissional Mauro Ramos no
lugar de Bussunda, morto no
ano passado- terá sua imagem
associada a, no mínimo, quatro
grandes empresas globais. Nas
próximas semanas, redes de
lanchonetes como McDonald's
e cereais como Kellogg's estamparão os personagens.
Para divulgar "Piratas do Caribe 3: No Fim do Mundo" no
Brasil, a Buena Vista Internacional iniciará uma campanha
de custo inicial de R$ 5 milhões,
que envolve propaganda em
TV, rádio, cinema, ônibus etc.,
segundo o diretor-geral da empresa, Rodrigo Saturnino.
"É a campanha de maior custo da história da empresa", diz
Saturnino, que cita produções
da Pixar, com campanhas em
torno de R$ 4 mi, como as antigas recordistas.
Outro que cita quebra de recordes antes mesmo de o filme
estrear é o presidente da ITC,
companhia responsável pela
venda de licenças de "Homem-Aranha" no Brasil, Peter Carrero. "Já fechamos 51 contratos
para o lançamento de 2.000
produtos diferentes relacionados ao filme", afirma Carrero,
que cita a marca de calçados
Grendene e os alimentícios da
Nestlé, entre outros. Segundo
ele, o antigo recordista da ITC
nesse ramo foi "Hulk", que rendeu 19 contratos.
Mercados estrangeiros
A exibição de "Homem-Aranha 3" no Japão, antes mesmo
de ser mostrado nos EUA, indica como as estratégias de marketing estão mudando.
Em entrevista ao jornal "Financial Times", o analista da
Sony Yuji Fujimori afirmou
que o mercado de filmes nos
EUA não está crescendo. Outro
analista afirmou à agência
France Presse que o Japão serve para testar a reação da audiência; se o filme não provocar
boas reações por ali, a estratégia de marketing para o restante do mundo é alterada.
À Folha, o supervisor-geral
da Sony Pictures para a América Latina, Steven O'Dell, não
confirma as informações, mas
diz que o Japão é o mercado
número um para o Homem-Aranha após os EUA. "Filmes
baseados em histórias em quadrinhos são muito populares
no Japão", diz O'Dell.
Ele afirma ainda que o Brasil
é um dos países mais importantes para o filme no mundo:
"O Brasil está no top ten dos
maiores mercados. É o país onde o faturamento do segundo
filme da série mais aumentou
em relação ao primeiro".
Como disse recentemente o
CEO da Dreamworks Animation, Jeffrey Katzenberg, em
uma conferência a investidores
em Nova York, "todos vão ver
"Shrek", "Piratas" ou "Homem-Aranha". A diferença é saber
qual desses vai ser visto várias
vezes".
(BRUNO YUTAKA SAITO)
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