DA REPORTAGEM LOCAL

Há poucos dias, circulou entre os membros do Orkut uma mensagem acusando o serviço de estar se apropriando das informações dos usuários para fins comerciais. Criado por Orkut Buyukkokten, programador do Google, o sistema seria mais uma peça no "plano de dominação mundial" do mais popular serviço de buscas na internet. Será?
"O Google é justamente uma base sólida de busca de perfil. Só que, por ser um sistema anônimo, a base de dados é incompleta. O Orkut já não. Ele mantém um controle mais complexo das preferências individuais e gerais. Isso, na prancheta de um desenvolvedor de marketing, vale ouro. Evita erros, e milhões são economizados", diz o advogado Diego Grunberg Garcia, um dos membros da comunidade "Conspiração Orkut?".
Segundo o seu raciocínio o Orkut estaria "criando um database [banco de dados] mundial". "Você pode buscar informações genéricas, como, por exemplo, quais tipos de pessoas são mais propensas a terem animais em casa? Solteiros/casados/com crianças/homens/ mulheres etc., até filtrando por região. Qualquer empresa que tenha intenção de lançar um produto pode ir ao Orkut e comprar informações sobre o nicho de mercado que ele deseja atingir", afirma.
Procurado pela reportagem por e-mail e telefone, Orkut Buyukkokten, que também tem seu perfil no serviço que criou, não respondeu a tempo às acusações. No próprio site, entretanto, lê-se: "O Orkut não reclama nenhum direito de propriedade sobre o perfil ou outras informações que você fornecer (...). Você pode editar, remover ou limitar as pessoas que podem ver seu conteúdo a qualquer momento. Podemos analisar os tipos de informação submetida para determinar como os nossos membros usam o site e como podemos melhorar o sistema do Orkut". É pagar para ver.


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