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Chico Buarque fala de política em estreia de "Sangue Latino"
Jornalista cria clima intimista para captar opinião de intelectuais
GUSTAVO VILLAS BOAS
DE SÃO PAULO
Chico Buarque dedilha um
piano de "mil e oitocentos e
lá vai fumaça", como gosta
de dizer. Pertenceu à avó e
agora está na sala da casa
que é cenário da entrevista
ao jornalista Eric Nepomuceno para "Sangue Latino".
O músico e escritor fala de
família, música, América Latina, Cuba. Para ele, todos os
latino-americanos têm "uma
dívida muito grande" com o
país. Faz, sim, crítica ao regime, mas não deixa de apontar o dedo aos EUA.
Também o aponta o escritor uruguaio Eduardo Galeano, em outro episódio. Para
ele, os "professores de democracia" não podem entender
a diversidade da região.
Se as entrevistas são sem
pauta definida há, sem dúvida, temas comuns, e a política parece ser um.
Também fala-se de arte, literatura e cinema nas conversas que têm em torno de
20 minutos de duração.
Nepomuceno, tradutor e
interlocutor de García Márquez, quase não aparece. O
rosto fica por trás da câmera
intimista. Os convidados parecem dar um depoimento.
São os microfones latinos
abertos para intelectuais como o artista argentino León
Ferrari, o escritor chileno Antonio Skármeta e o cineasta
argentino Pino Solanas.
NA TV
Sangue Latino
QUANDO estreia hoje; ter., às 21h,
e sáb., às 12h, no Canal Brasil
CLASSIFICAÇÃO livre
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