São Paulo, quarta-feira, 25 de junho de 2008

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"Ele é mais para paranóico", diz secretário Sayad

AUDREY FURLANETO
DA REPORTAGEM LOCAL

O secretário da Cultura de São Paulo, João Sayad, respondeu às críticas do regente John Neschling sobre ser mal-assessorado e, ao "convocar um concurso público para maestro", demonstrar "total desconhecimento de como se faz a sucessão numa grande orquestra".
"A idéia não é um concurso público, mas um "searching commit", um comitê de seleção que convida maestros interessados a tocar na orquestra para serem avaliados pelo comitê e até pelos músicos. É assim que as grandes orquestras fazem", diz Sayad. "Não tenho interesse em concorrer em cosmopolitismo com esse maestro. Se ele chama isso de caipira, eu acho que ele é mais para paranóico. (...) Dá para ele o prêmio de cosmopolita do ano."
Sayad nega um convite ao argentino naturalizado israelense Daniel Barenboim. "Ele [Neschling] é que cismou com isso."
Já sobre as turnês internacionais da Osesp, às quais o governo estadual teria feito restrições por causa de uma "visão provinciana", nas palavras de Neschling, o secretário diz que não vê "orquestra como time de futebol. Tem que fazer turnês internacionais, só que nós achamos que têm que fazer nacionais. A avaliação é que essas viagens eram de uma autopromoção muito grande".
Sayad diz ainda que o salário do maestro é uma decisão do conselho. "Mas já ouvi dizer que, com esse salário, o "searching commit" pode discutir a contratação de vários maestros", diz. "Veja, o maestro fez um bom trabalho. Mas são dez anos e eu não vejo nada de errado [na decisão de não renovar o contrato com a Osesp]."


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