São Paulo, sábado, 25 de junho de 2011

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CRÍTICA DRAMA

Bertolucci irrita o moralismo americano no filme "Assédio"

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Bernardo Bertolucci parece ter feito "Assédio" (Futura, 23h, 14 anos), em 1998, exclusivamente para irritar os norte-americanos e seu moralismo furioso, em que mal se distingue, sob o sentido dado à palavra, a simples paquera do descaramento, do ultraje e da violência de classe, por exemplo.
Aqui, uma bela africana chega à Itália em fuga. Ela teve o marido preso por algum ditador e trabalha na casa de um pianista inglês.
Ora, o pianista começa a dar em cima da mulher de maneira que não se sabe se ostensiva ou desesperada.
Mas o que o filme põe em questão é qual o limite das coisas: onde termina a sedução para começar algo, digamos, condenável? Ou ainda, onde termina a razão e começa o desejo?
Pois essa é a questão que está posta: do jeito que vai nos Estados Unidos a mania de tudo reduzir a regras, em breve veremos a volta do casamento arranjado.


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