São Paulo, sábado, 25 de junho de 2011

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Em show, Mario Adnet faz leitura jazzística da obra de Tom Jobim

Arranjador e violonista toca com orquestra de metais em São Paulo

MORRIS KACHANI
DE SÃO PAULO

Compositor, violonista, arranjador e produtor, o carioca Mario Adnet está lançando CD e apresenta novo show amanhã no Auditório Ibirapuera trazendo um repertório que conhece de cátedra.
Poucos como ele se debruçaram tão intensamente sobre a obra de Antônio Carlos Jobim. É dele, por exemplo, o arranjo de "Maracangalha" (Dorival Caymmi) em "Antonio Brasileiro", último álbum de Jobim.
Adnet ataca agora de "+ Jobim Jazz", segundo volume de um trabalho que oferece uma leitura tipicamente jazzística sobre músicas conhecidas, como "Bonita" e "Wave", e outras menos, como "Mojave" e "Antigua". Os metais predominam, e músicos como Jessé Sadoc (trompete) e Zé Canuto (sax alto) aparecem em ótima forma.
O trabalho é pontuado pela tradição, na medida em que o próprio Adnet reconhece um respeito absoluto pela harmonia e melodia de Jobim, que, afinal, são geniais.
"Suas escolhas de notas, harmonias e melodias sempre foram perfeitas. Então, a minha escolha se baseou nas cores e nas formas, mantendo a essência de sua criação.
O que houve foi uma abertura de espaços para o improviso", explica. "Também usei um som mais ácido, com peso na percussão e na bateria.
Tem muito jazz aí". Em décadas de serviços prestados à MPB, Adnet criou memoráveis projetos de resgate em torno das obras de Luiz Eça, Baden Powell e, mais recentemente, Moacir Santos.
Não por acaso, "+Jobim Jazz" ecoa de certa forma a orquestração de "Ouro Negro" (2001), em torno da obra de Santos, grande maestro pernambucano.
É que Adnet encontrou um "elo perdido" entre a música de Moacir Santos e de Jobim. Tudo começou com o sax barítono do americano Gerry Mulligan -mas esta é outra história.

+ JOBIM JAZZ

QUANDO amanhã, às 19h
ONDE Auditório Ibirapuera (av. Pedro Álvares Cabral, s/nº - portão 2; tel. 0/xx/11/3629-1075)
QUANTO de R$ 15 a R$ 30
CLASSIFICAÇÃO livre


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