São Paulo, domingo, 25 de julho de 2004

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FILMES

TV ABERTA

Tarde de cinema brasileiro com "Dona Xepa"

Dona Xepa
Cultura, 15h30.
  
Brasil, 1959, 87 min. Direção: Darcy Evangelista. Com Alda Garrido, Nino Mello, Odete Lara, Colé, Zezé Macedo. Dona Xepa é uma feirante que luta para se sustentar, enquanto a filha (Odete Lara) sonha com um marido rico, e o filho espera um patrocinador para suas invenções. P&B.

Por Amor
Globo, 0h25.
  
(For Love of the Game). EUA, 1999, 137 min. Direção: Sam Raimi. Com Kevin Costner, Kelly Preston. Costner é o veterano jogador de beisebol dispensado pelo time após 20 anos de bons serviços. De passagem, a mulher também o dispensa. Kevin volta a investir no beisebol (fez sucesso com "Campo dos Sonhos"), e Sam Raimi dá uma virada em sua vida. Mas não deu lá tão certo para nenhum dos dois. Inédito.

Sra. Dalloway
Bandeirantes, 1h.
  
(Mrs. Dalloway). Inglaterra, 1997, 100 min. Direção: Marleen Gorris. Com Vanessa Redgrave, Natascha McElhone. Adaptação do romance de Virginia Woolf que inspirou o recente "As Horas". Aqui aparece a personagem, a sra. Dalloway, em pessoa, madura (Redgrave) e jovem (McElhone). Oportunidade para observar como o romance influencia "As Horas" (que primeiro também foi um romance). A má notícia é que Marleen Gorris é a mesma diretora de "A Excêntrica Família de Antônia". Vale pela curiosidade.

Gigi
Globo, 2h45.
    
(Gigi). EUA, 1958, 117 min. Direção: Vincente Minnelli. Com Leslie Caron, Maurice Chevalier, Louis Jourdan. Gigi é a garota destinada a ser cortesã, na Paris do início do século. Mas o amor de um cavalheiro (Jourdan) vai desviá-la da rota. Chevalier é o narrador, entre cínico e cúmplice, deste belíssimo musical.

As Jóias da Família
SBT, 4h30.
  
(Bejewelled). EUA, 1991, 93 min. Direção: Terry Marcel. Com Emma Samms, Denis Lawson, Jean Marsh. Garota que leva as jóias de sua família para exposição em Londres é roubada ao chegar. Por sorte, ela havia conhecido, na viagem, um detetive. (INÁCIO ARAUJO)

DOCUMENTÁRIO

Tradição dos arturos é mantida por 600 pessoas

DA REDAÇÃO

Em Contagem, a 21 km de Belo Horizonte, uma comunidade peculiar chamou a atenção da documentarista Thereza Jessouroun, que dirigiu "Os Arturos", exibido no festival É Tudo Verdade deste ano. Cerca de 600 pessoas compõem a sociedade dos arturos, todos descendentes do escravo alforriado Artur Camilo Silvério.
O grupo, fortemente apoiado na cultura do congado e em suas principais festas (como Libertação da Escravidão, Nossa Senhora do Rosário e João do Mato), nasceu a partir dos 11 filhos de Silvério e sobrevive hoje ainda com quatro deles, além de netos e bisnetos do fundador.
O atual patriarca dos arturos é Geraldo, rei congo de Minas Gerais, à época (2001/2002) com 91 anos, que enumera suas missões na comunidade; por exemplo: "ensinar como se faz o alimento do negro" e orientar na educação pelo trabalho aplicada às crianças. "A árvore pequena você vira para onde quiser; depois, só com machado", ensina ele, emendando que "serviço não mata ninguém".
A produção acompanha o dia-a-dia da comunidade, além das ocasiões especiais. As tradições da cultura negra são freqüentemente evocadas como uma alternativa à violência do mundo exterior. Sheila, 25, bisneta de Silvério, defende que se coloque "na cabeça dos filhos para seguir a tradição", ao mesmo tempo em que revela o desejo de vê-los como "alguém na vida", como "advogado ou dentista", diz.
Maria Lúcia, vice-rainha conga da comunidade, acredita que "não tem como segurar os filhos, mas é importante nunca perder os laços". Para ela, que diz não se considerar uma "artura"-já não é descendente de Silvério, mas casada com um de seus netos-, os filhos "não podem viver presos. Têm de levar para um pouco da liberdade da comunidade".


OS ARTUROS. Quando: Hoje, às 18h, na Rede SescSenac.


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