São Paulo, sexta-feira, 25 de julho de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Última Moda

Alcino Leite Neto - ultima.moda@grupofolha.com.br

Diesel abre em SP sua maior loja no mundo

Novo prédio também terá a marca Staff, que vai trazer ao Brasil criações do estilista hype Martin Margiela

O empresário italiano Renzo Rosso, dono da Diesel, vai abrir no Brasil a primeira loja no mundo de sua empresa Staff.
Criada em sociedade com o brasileiro Esber Hajli, a loja trará ao país criações de um dos principais nomes da moda, o belga Martin Margiela, além de roupas da designer russa Sophia Kokosalaki e, futuramente, da grife Viktor & Rolf. A Staff também vai vender peças da DSquared2 e a linha superpremium Diesel Denim Gallery.
Todas essas marcas pertencem à empresa Staff, que, como a Diesel, faz parte da holding Only the Brave, de Rosso. A prestigiosa Viktor & Rolf, da dupla de estilistas holandeses Viktor Horsting e Rolf Snoerer, foi adquirida pelo empresário italiano nesta semana.
"A Staff é projeto inteiramente novo, e seu laboratório será o Brasil", diz Hajli, que desde 2001 é distribuidor da Diesel no país e agora passou a sócio dos negócios brasileiros da empresa italiana.
A Staff ficará no segundo andar do novo prédio da Diesel em São Paulo, que começa a funcionar no próximo mês. No térreo, no subsolo e no primeiro andar serão vendidos os produtos Diesel, Diesel Black Gold e Diesel Kids, para crianças. Rosso deve vir para a festa de inauguração, em 13 de agosto.
Com quatro pavimentos e cerca de 1.000 m2, a loja Diesel de São Paulo será a maior do mundo. É um empreendimento luxuoso na rua Haddock Lobo, que custou cerca de R$ 13 milhões e situa a marca na vizinhança das lojas da Louis Vuitton e de Giorgio Armani.
A Folha fotografou com exclusividade o local, ainda sem as roupas, que serão colocadas às vésperas da abertura. A loja Diesel na rua Oscar Freire será desativada. A do shopping Iguatemi permanecerá.
O projeto foi feito pelo arquiteto italiano Massimo Pegoraro, e boa parte do mobiliário e das peças de design veio da Itália. O local terá um bar no primeiro andar e área de atendimento VIP no térreo. As coleções da Diesel deixarão de vir ao Brasil com uma temporada de atraso e serão lançadas ao mesmo tempo em que chegam às lojas da Europa e dos EUA.
Embora situada no último andar do prédio da Diesel, a Staff terá entrada separada, já que, a princípio, se destina a um outro público, mais fashionista. Com 350 m2 e decoração que lembra a de um galpão industrial, vai abrigar inicialmente cerca de cem itens da coleção de Martin Margiela -estilista que não se deixa fotografar e é um dos mais respeitados por críticos de moda.
Hajli crê que exista futuro comercial no Brasil para a roupa criativa e ousada de Margiela. "O mercado de luxo no Brasil é minúsculo, apesar do barulho que se faz. Mas eu não faria esse teste se não tivesse confiança no negócio", diz.

com VIVIAN WHITEMAN

INVASÃO

Marc Jacobs, Gucci e Pucci chegam até o final do ano

Darling dos modernos de todo o mundo, o estilista americano Marc Jacobs terá uma loja em São Paulo a partir de dezembro, sob os cuidados da empresária brasileira Natalie Klein, dona da NK Store, que está bancando todo o negócio.
A Marc Jacobs paulista ficará na rua Haddock Lobo, nos Jardins, terá 280 m2 e dois pavimentos. No térreo, serão vendidos os produtos da marca principal do estilista, a Marc Jacobs. No primeiro andar, os da grife Marc by Marc, de preços mais acessíveis.
Num primeiro momento, virão para o Brasil apenas artigos femininos, inclusive calçados e acessórios. As roupas masculinas chegarão em dois anos.
Natalie conta que a loja foi proposta pela própria equipe do estilista, que cuidará de todo o projeto do espaço. "Resolvi aceitar, pois é uma marca consagrada, da qual gosto muito, e porque sempre busca a renovação, jamais cai na mesmice", diz a empresária, que já vende as criações de Marc Jacobs há seis anos na NK Store.
O estilista, que é abertamente gay e estaria namorando um rapaz brasileiro, deve vir para a inauguração da loja no final do ano. Marc Jacobs é também designer da Louis Vuitton.

Mais estrangeiras
Outras grifes estrangeiras estão de malas prontas para o Brasil. A Gucci (italiana) e a Hermès (francesa) abrem lojas no país nos próximos meses.
A da Gucci será inaugurada até o final do ano no shopping Iguatemi; a da Hermès, no primeiro semestre de 2009, no shopping Cidade Jardim.
A celebrada grife Pucci e a luxuosa marca de bolsas e acessórios Goyard também estão aportando no país, com lojas na Daslu. Laudomia Pucci, filha do fundador da marca, deve vir a São Paulo para a inauguração.

Rosa Chá terá 1ª loja própria em Nova York

Espaço de 150 m2 fica no West Broadway e será aberto na próxima semana; EUA é o principal mercado da grife no exterior

Não são apenas as marcas estrangeiras que estão aportando no Brasil (leia na pág. ao lado). Também as grifes brasileiras começam a se estabelecer, pouco a pouco, no exterior.
Em início de setembro, a grife de moda praia Rosa Chá abre a sua primeira loja própria nos Estados Unidos, em Nova York, no bairro West Broadway. O espaço terá 150 m2 e no mesmo local, no subsolo, funcionará o showroom da marca.
O empreendimento foi bancado pela Marisol -empresa catarinense para a qual o estilista Amir Slama vendeu parte da Rosa Chá, passando a sócio da grife, com 25% de participação- e também pela Cotia Trade, companhia brasileira que atua nos Estados Unidos.
"A nova loja não é um fim, mas um meio. A idéia é fincar uma bandeira, atacar o mercado americano e aumentar a nossa participação nas grandes lojas do país", diz Giuliano Donini, presidente da Marisol.
"Os Estados Unidos são nosso principal mercado no exterior. Daí a necessidade da loja e também do showroom", explica Slama.
O novo espaço da Rosa Chá começa a funcionar na próxima semana. A inauguração oficial será no início de setembro, com desfile para convidados. A grife já tem uma loja com o seu nome em Miami, mas trata-se de uma franquia. Possui outra franquia em Lisboa e abriu no ano passado mais uma em Istambul, na Turquia.
Como parte do seu processo de internacionalização, desde 2004 a Rosa Chá passou a desfilar as suas coleções femininas apenas na semana de moda de Nova York. Em contrapartida, resolveu lançar as coleções masculinas na São Paulo Fashion Week, o que fez pela primeira vez em junho último.

Casa nova
Os ventos parecem cada vez mais favoráveis à praia da Rosa Chá. Prova disso é o novo prédio para onde a grife mudou há poucos meses o seu ateliê e o seu showroom, na Vila Olímpia (zona sul de São Paulo).
O sofisticado local -que é a sede da Marisol na cidade- é muito diverso daquele que a Rosa Chá ocupou durante 16 anos no Bom Retiro, tradicional bairro onde se concentram indústrias de roupas.
Tem 4.000 m2 de área total, um prédio de três andares, um pequeno auditório e até mesmo um Rosa Café, instalado diante de um amplo jardim. O projeto arquitetônico, contemporâneo e funcional, foi desenhado pelo escritório Rocco Associados, o mesmo que fez o Café de la Musique.
"Vamos desenvolver aqui o conceito de estúdio criativo, de laboratório de moda", conta Slama. No novo prédio, ele instalou a sua equipe de criação, os departamentos de marketing e de engenharia de produtos e uma minifábrica, que realiza as peças-piloto da marca, antes de estas serem encaminhadas para a produção. Todas as roupas da Rosa Chá são produzidas na fábrica da Marisol, em Jaraguá do Sul (SC).

Texto Anterior: Comentário: Voz delicada era espelho do temperamento
Próximo Texto: Música: Guitarrada ganha versão remix em CD
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.