São Paulo, domingo, 25 de julho de 2010

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OPINIÃO

Enquanto Elis trocou iê iê iê por canções sérias, Madonna ficou mais comportada

THIAGO NEY
DE SÃO PAULO

Wanderléa matou a Ternurinha não por sadismo, mas porque foi esperta ao perceber que o sonho da jovem guarda havia acabando.
Mudanças abruptas de rumo marcam boa parte da história da música pop. David Bowie, por isso, ganhou o apelido de camaleão; e os Beatles saíram de "Help!" para "Rubber Soul".
Com as cantoras, não poderia ser diferente. No Brasil, exemplo atual é o de Sandy.
Ao lado do irmão Júnior, formavam as crianças -e, depois, adolescentes- mais certinhas do showbiz do país. Ela cresceu e, do neo-sertanejo, Sandy passou a interpretar cânones jazzísticos e canções intimistas.
Elis Regina também passou por uma mutação. No início dos anos 1960, cantava iê iê iê e temas ingênuos em seus primeiros discos ("Viva a Brotolândia", de 1961, e "Poema de Amor", de 1962), além de canções como "Virgen de la Macarena".
Então Elis transformou-se, para muitos, na maior cantora brasileira de MPB ao investir em interpretações épicas e em faixas sérias, de compositores como João Bosco.
Na música pop de língua inglesa, quando o assunto são mudanças radicais entre um disco e outro, Madonna é rainha. Nos anos 1980, ficou conhecida por faixas sacanas e insolentes como "Like a Virgin" e"Erotica", pelo filme "Na Cama com Madonna" e pelo livro "Sex".
Então veio "Bedtime Stories", disco que trazia baladas bem comportadas, em 1994. Depois, interpretou Eva Perón no cinema.
E há Tina Turner. Com o ex-marido Ike, era ícone do funk e do r&b nas décadas de 1960 e 1970; solo, investiu no rock e em canções grandiosas, como "We Don't Need Another Hero" -hoje muito popular em karaokês.


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