São Paulo, domingo, 25 de julho de 2010

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"Desonestidade irrita. O esperto me tira do sério"

GUSTAVO VILLAS BOAS
DE SÃO PAULO

Leia trechos da entrevista com Monica Iozzi.

 

Folha - O que te faz rir?
Monica Iozzi -
Eu sou chata para dar risada, costumo rir com duas coisas: quando eu falo: "Ah, eu já fiz isso", e vejo quão ridículo foi. E gosto de humor bagaceira. Vejo e revejo "Os Trapalhões" no YouTube. Gosto quando é bem humano, e você se identifica, ou quando chuta o pau da barraca. "TV Pirata" foi o melhor do humor no país.

O que te tira do sério?
Burocracia, de tirar carta a trocar um produto. Estou em uma luta para trocar meu fogão com defeito, vira uma pequena desonestidade. E desonestidade irrita em tudo. O espertinho me tira do sério.

Qual foi o momento mais sem graça que você viveu no "CQC?"
A Mariana Ximenes ia estrear em "Passione", do Silvio de Abreu, e ia contracenar com o Rodrigo Lombardi. Eu falei: "Mariana, você vai trabalhar com o Silvio e com o Lombardi, vai mudar de emissora?". A piada era ruim mesmo. Ela não entendeu e eu fiquei repetindo. Até que eu expliquei: "Tô brincando, é por causa do Silvio Santos e do Lombardi, do SBT". Ela riu amarelo. Paguei o mico na frente de 15 pessoas e da Mariana, mas ela foi amável.

Com o que não se deve brincar?
Pode brincar com todo mundo, quando você chama para brincar com você. Porém, parece clichê, mas é verdade, a gente não pode brincar com o menos favorecido. Eu não vou tirar sarro do mendigo, não é engraçado.

O que mais atrai: um homem lindo ou bem-humorado?
Ai, meu Deus! O homem mal-humorado já me barrou, mas não vou dizer: "Ah, o bem-humorado...". Se fosse verdade, eu seria apaixonada pelo Bussunda. Tem que misturar. Mas eu gosto de caras mais sérios. Prefiro os cavalheiros aos engraçados.

Por que tem tão poucas mulheres no mercado de humor?
Antes era um ambiente muito masculino, agora isso está mudando. O público conhece quem aparece na TV, mas tem muitas atrizes cômicas. Mas não sou feminista, tem que fazer quando é boa.


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