São Paulo, segunda-feira, 25 de agosto de 2008

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Crítica

Filmes esboçaram um futuro para a década de 80

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Onde estará o futuro dos anos 80? Em "Blade Runner" (TC Pipoca e TC HD, 22h; não recomendado para menores de 12 anos) ou em "De Volta para o Futuro" (TC Cult, 17h40; livre)?
O primeiro nos fala de um lugar superpovoado e superpoluído, onde humanos e andróides não chegam a se entender, em boa parte porque os últimos vêm com data de vencimento, isto é, de morte, algo insuportável de que os humanos são poupados.
É a morte, a finitude, o problema central do futuro de Ridley Scott, pois o mundo parece sucumbir à incapacidade da ciência de repor o que o homem rouba à natureza. Essa é a questão posta pelos andróides.
Mais juvenil, o filme de Robert Zemeckis é também diabolicamente inteligente, já que usa os poderes ilusórios do cinema para confrontar dois momentos (os anos 80 e os 50 do século 20) à luz da máquina do tempo (ou seja, da eternidade) e brincar com a sensação de superioridade que cada época sente em relação às passadas.


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