São Paulo, domingo, 25 de setembro de 2005

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FILMES

TV ABERTA

Eastwood é caçador de recompensas em "Cadillac..."

Os Imortais
Bandeirantes, 23h.
  
(The Immortals). EUA, 1995. Direção: Brian Grant. Com Eric Roberts, Tia Carrere, Tony Curtis, Joe Pantoliano, Chris Rock, William Forsythe. Chefe mafioso contrata oito pessoas para roubar diversos cofres pela cidade. Os ladrões, pilhados pela polícia, acabam fugindo e passam a suspeitar de que nem tudo era muito limpo na proposta do tal mafioso.

Harley Davidson e Marlboro Man - Caçada sem Fim
Record, 20h30.


(Harley Davidson & Marlboro Man). EUA,1991, 100 min. Direção: Simon Vincer. Com Mickey Rourke, Don Johnson. Dois amigos, o motoqueiro e o caubói, decidem impedir o fechamento de um bar, devido a desejo de banqueiros.

Amor Daquele Jeito
Bandeirantes, 1h.
  
(A New Kind of Love). EUA, 1963, 110 min. Direção: Melville Shavelson. Com Paul Newman, Joanne Woodward, Thelma Ritter, Maurice Chevalier. Um jornalista (Newman) e uma desenhista de moda (Woodward) apaixonam-se em Paris. Não sem que antes aconteçam umas tantas confusões, já que estamos falando de uma comédia romântica. Bom elenco, mas Shavelson é um diretor meio chocho.

Os Excêntricos Tenenbaums
Globo, 1h30.
  
(The Royal Tenenbaums). EUA, 2001, 108 min. Direção: Wes Anderson. Com Gene Hackman, Anjelica Huston, Ben Stiller, Gwyneth Paltrow, Luke Wilson, Owen Wilson. Um encontro com a família Tenenbaum, os pais intelectualizados (Hackman, Huston), e os filhos, todos muito geniais. Há quem ache muito interessante, e são pessoas respeitáveis, diria. Mas Wes Anderson parece dedicar 80% do seu tempo a demonstrar que tem estilo. Bleah! Inédito.

Ouvindo a Morte Chegar
Globo, 3h20.
 
(Baby Monitor - Sound of Fear). EUA,1998, 90 min. Direção: Walter Klenhard. Com Josie Bissett, Jason Beghe, Barbara Tyson. A mulher está com problemas. Seu filho é muito amigo da babá. Já o marido engravidou a dita babá. Em vista do que a mulher decide tomar providências -e não são delicadas.

Suando Frio
SBT, 22h30.
 
(Chill Factor). EUA,1999, 102 min. Direção: Hugh Johnson. Com Cuba Gooding Jr., Skeet Ulrich, David Paymer, Peter Firth, Hudson Leick. Cientista deixa nas mãos de dois despreparados uma poderosa arma biológica que, no mais, está na mira de um militar demente prestes a sair da cadeia. Segundo referências, não vale o trabalho de ligar a TV. Inédito.

200 CIGARROS
SBT, 1h30.
  
(200 Cigarettes). EUA, 1999, 101 min . Direção: Risa Bramon Garcia. Com Courtney Love, Ben Affleck, Angela Featherstone, Guillermo Díaz, Janeane Garofalo. Uma série de esquetes, com personagens variados, ambientados em Nova York, na véspera de 1981. Comentaristas apontam a semelhança estrutural com os filmes de Robert Altman e a distância efetiva com relação a eles. Inédito.

Cadillac Cor-de-Rosa
SBT, 3h30.
  
(Pink Cadillac). EUA, 1989, 125 min . Direção: Buddy van Horn. Com Clint Eastwood, Bernadete Peters, Tiffany Gail Robinson. Clint aqui é um caçador de recompensas que, após capturar a mulher que foge num cadillac rosa, decide que o seu contratante e marido da garota é um cretino (o que é fato) e muda de lado. Não é uma comédia inesquecível, mas um veículo simpático para Clint, também produtor do filme. Só para São Paulo. (IA)

TV PAGA

Um cinema americano sem magia de americano

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Para este fim de semana, temos a estréia de "Van Helsing" (Telecine Pipoca, 21h). O velho fã de cinema talvez fique impressionado com a transformação sofrida pelo outrora cerebral caçador de vampiros.
Neste filme, ele se torna uma espécie de Superman no combate aos mortos-vivos, o que por sinal não impede o filme de passar uma frieza de tumba aos espectadores.
De onde vem esse tipo de sensação? Aí talvez a coisa fique mais interessante. "Van Helsing" é um filme que já anuncia a atual crise do cinema americano. E o que esse cinema nos oferece, desde a infância, é um bocado de fantasia. Enquanto aos outros cinemas do mundo resta a dura realidade, no filme americano podemos sonhar à vontade.
Depois crescemos, viramos críticos de cinema e passamos a desprezar esse tipo de felicidade que o filme americano de aventura sabe nos proporcionar.
É nesse "sabe nos proporcionar" que está todo o problema. Sabe mesmo? Sabe ainda? Nos últimos tempos, isso se torna cada vez mais esporádico, já que, à força de repetir umas poucas fórmulas, os filmes perdem a magia e o público perde o interesse por eles.
"Van Helsing" está bem nessa categoria. Promover uma batalha campal entre um bando de vampiros e um heróico Van Helsing tende a excitar muito pouco a imaginação do espectador. Ele se vê submetido a uma bateria considerável de acontecimentos, mas em raros momentos sente-se identificado ao herói da história.
O risco que se experimenta aqui é aquele de sempre: o de os vivos, vampirizados, se transformarem eles próprios em vampiros. Isso permanece inalterado no filme: a única fuga ao convencional que se permite é na representação de Van Helsing, que surge vestindo uma roupa de Antonio das Mortes (ou de caubói dos faroestes de Sergio Leone). No mais, o investimento é no epidérmico e na repetição. Apesar de toda a publicidade que faz o Telecine, tem tudo para fracassar também na TV.


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