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FILMES
TV ABERTA
Eastwood é caçador de recompensas em "Cadillac..."
Os Imortais
Bandeirantes, 23h.
(The Immortals). EUA, 1995. Direção:
Brian Grant. Com Eric Roberts, Tia
Carrere, Tony Curtis, Joe Pantoliano,
Chris Rock, William Forsythe. Chefe
mafioso contrata oito pessoas para
roubar diversos cofres pela cidade. Os
ladrões, pilhados pela polícia, acabam
fugindo e passam a suspeitar de que
nem tudo era muito limpo na proposta
do tal mafioso.
Harley Davidson e Marlboro
Man - Caçada sem Fim
Record, 20h30.
(Harley Davidson & Marlboro Man).
EUA,1991, 100 min. Direção: Simon
Vincer. Com Mickey Rourke, Don
Johnson. Dois amigos, o motoqueiro e o
caubói, decidem impedir o fechamento
de um bar, devido a desejo de
banqueiros.
Amor Daquele Jeito
Bandeirantes, 1h.
(A New Kind of Love). EUA, 1963, 110
min. Direção: Melville Shavelson. Com
Paul Newman, Joanne Woodward,
Thelma Ritter, Maurice Chevalier. Um
jornalista (Newman) e uma desenhista
de moda (Woodward) apaixonam-se em
Paris. Não sem que antes aconteçam
umas tantas confusões, já que estamos
falando de uma comédia romântica.
Bom elenco, mas Shavelson é um diretor
meio chocho.
Os Excêntricos Tenenbaums
Globo, 1h30.
(The Royal Tenenbaums). EUA, 2001, 108
min. Direção: Wes Anderson. Com Gene
Hackman, Anjelica Huston, Ben Stiller,
Gwyneth Paltrow, Luke Wilson, Owen
Wilson. Um encontro com a família
Tenenbaum, os pais intelectualizados
(Hackman, Huston), e os filhos, todos
muito geniais. Há quem ache muito
interessante, e são pessoas respeitáveis,
diria. Mas Wes Anderson parece dedicar
80% do seu tempo a demonstrar que
tem estilo. Bleah! Inédito.
Ouvindo a Morte Chegar
Globo, 3h20.
(Baby Monitor - Sound of Fear).
EUA,1998, 90 min. Direção: Walter
Klenhard. Com Josie Bissett, Jason
Beghe, Barbara Tyson. A mulher está
com problemas. Seu filho é muito amigo
da babá. Já o marido engravidou a dita
babá. Em vista do que a mulher decide
tomar providências -e não são
delicadas.
Suando Frio
SBT, 22h30.
(Chill Factor). EUA,1999, 102 min.
Direção: Hugh Johnson. Com Cuba
Gooding Jr., Skeet Ulrich, David Paymer,
Peter Firth, Hudson Leick. Cientista deixa
nas mãos de dois despreparados uma
poderosa arma biológica que, no mais,
está na mira de um militar demente
prestes a sair da cadeia. Segundo
referências, não vale o trabalho de ligar a
TV. Inédito.
200 CIGARROS
SBT, 1h30.
(200 Cigarettes). EUA, 1999, 101 min .
Direção: Risa Bramon Garcia. Com
Courtney Love, Ben Affleck, Angela
Featherstone, Guillermo Díaz, Janeane
Garofalo. Uma série de esquetes, com
personagens variados, ambientados em
Nova York, na véspera de 1981.
Comentaristas apontam a semelhança
estrutural com os filmes de Robert
Altman e a distância efetiva com relação
a eles. Inédito.
Cadillac Cor-de-Rosa
SBT, 3h30.
(Pink Cadillac). EUA, 1989, 125 min .
Direção: Buddy van Horn. Com Clint
Eastwood, Bernadete Peters, Tiffany Gail
Robinson. Clint aqui é um caçador de
recompensas que, após capturar a
mulher que foge num cadillac rosa,
decide que o seu contratante e marido
da garota é um cretino (o que é fato) e
muda de lado. Não é uma comédia
inesquecível, mas um veículo simpático
para Clint, também produtor do filme. Só
para São Paulo.
(IA)
TV PAGA
Um cinema americano sem magia de americano
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Para este fim de semana, temos
a estréia de "Van Helsing" (Telecine Pipoca, 21h). O velho fã de
cinema talvez fique impressionado com a transformação sofrida
pelo outrora cerebral caçador de
vampiros.
Neste filme, ele se torna uma espécie de Superman no combate
aos mortos-vivos, o que por sinal
não impede o filme de passar uma
frieza de tumba aos espectadores.
De onde vem esse tipo de sensação? Aí talvez a coisa fique mais
interessante. "Van Helsing" é um
filme que já anuncia a atual crise
do cinema americano. E o que esse cinema nos oferece, desde a infância, é um bocado de fantasia.
Enquanto aos outros cinemas do
mundo resta a dura realidade, no
filme americano podemos sonhar
à vontade.
Depois crescemos, viramos críticos de cinema e passamos a desprezar esse tipo de felicidade que
o filme americano de aventura sabe nos proporcionar.
É nesse "sabe nos proporcionar" que está todo o problema.
Sabe mesmo? Sabe ainda? Nos últimos tempos, isso se torna cada
vez mais esporádico, já que, à força de repetir umas poucas fórmulas, os filmes perdem a magia e o
público perde o interesse por eles.
"Van Helsing" está bem nessa
categoria. Promover uma batalha
campal entre um bando de vampiros e um heróico Van Helsing
tende a excitar muito pouco a
imaginação do espectador. Ele se
vê submetido a uma bateria considerável de acontecimentos, mas
em raros momentos sente-se
identificado ao herói da história.
O risco que se experimenta aqui
é aquele de sempre: o de os vivos,
vampirizados, se transformarem
eles próprios em vampiros. Isso
permanece inalterado no filme: a
única fuga ao convencional que se
permite é na representação de
Van Helsing, que surge vestindo
uma roupa de Antonio das Mortes (ou de caubói dos faroestes de
Sergio Leone). No mais, o investimento é no epidérmico e na repetição. Apesar de toda a publicidade que faz o Telecine, tem tudo
para fracassar também na TV.
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