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"José Padilha rompeu comigo", afirma Barreto
DA REPORTAGEM LOCAL
"Silêncio. Não há nada
pior do que o silêncio. O silêncio é mortal", diz o cineasta Bruno Barreto.
Silêncio é a resposta que
Barreto tem tido do também cineasta José Padilha, autor do documentário "Ônibus 174", que deu
origem à ficção de Barreto
"Última Parada 174".
Padilha iria produzir o
filme de Barreto, mas o
acordo foi desfeito. A Folha apurou que a suspensão do contrato ocorreu
em setembro de 2006.
O desentendimento entre os dois cineastas, no
entanto, deu-se, segundo
Barreto, em outubro do
ano passado, quando a Folha publicou declarações
suas críticas ao filme "Tropa de Elite", de José Padilha, no dia de sua estréia.
"Ele rompeu comigo
ali", diz Barreto. Na reportagem, Barreto afirmava
estar "decepcionado" com
o filme, ao qual dizia faltar
"complexidade".
Barreto diz que, em e-mail a Padilha, lembrou
que seu novo filme "só é o
que é porque houve o documentário" e convidou-o
a assisti-lo. "Ele nunca
mais me respondeu", diz.
Procurado pela Folha
para falar sobre o assunto,
Padilha também preferiu
o silêncio. Disse que não
comenta filmes de colegas.
(SA)
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