São Paulo, sábado, 25 de setembro de 2010

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CRÍTICA GUERRA

"Bastardos..." traz a realidade passional da tela de cinema

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Não que "Bastardos Inglórios" (TC Premium, 22h, 18 anos) prime pela verdade histórica. Longe disso. Mas, aqueles quadros renascentistas em que de repente um patriarca do Velho Testamento e São João Batista dão as mãos a um poderoso de Florença enquanto Jesus desce da cruz, também não.
Então fiquemos assim: as liberdades históricas que Quentin Tarantino toma estão dentro da boa tradição.
Pois os caçadores de inverdades históricas no cinema deveriam saber, a esta altura, que também a história escrita está cheia delas. Assim, a que pretexto conceber que as imagens devam se sujeitar à verdade dos livros?
Tarantino sabe que a verdade de um filme é diferente de sua fidelidade à letra canônica. E que mais vale mostrar, como faz, a garota queimando na tela de cinema como uma Joana D'Arc do que uma pífia versão "realista" a que faltaria a realidade passional do cinema.


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