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CRÍTICA GUERRA
"Bastardos..." traz a realidade passional da tela de cinema
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Não que "Bastardos Inglórios" (TC Premium, 22h,
18 anos) prime pela verdade
histórica. Longe disso. Mas,
aqueles quadros renascentistas em que de repente um patriarca do Velho Testamento
e São João Batista dão as
mãos a um poderoso de Florença enquanto Jesus desce
da cruz, também não.
Então fiquemos assim: as
liberdades históricas que
Quentin Tarantino toma estão dentro da boa tradição.
Pois os caçadores de inverdades históricas no cinema
deveriam saber, a esta altura,
que também a história escrita
está cheia delas. Assim, a que
pretexto conceber que as
imagens devam se sujeitar à
verdade dos livros?
Tarantino sabe que a verdade de um filme é diferente
de sua fidelidade à letra canônica. E que mais vale mostrar, como faz, a garota queimando na tela de cinema como uma Joana D'Arc do que
uma pífia versão "realista" a
que faltaria a realidade passional do cinema.
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