São Paulo, quinta-feira, 25 de outubro de 2007

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Foco

Gabi geme, platéia aplaude, e músicos tornam sonoro filme mudo do festival

SILVANA ARANTES
DA REPORTAGEM LOCAL

"Vocês vão ser testemunhas da exumação de uma forma de arte que acreditávamos haver morrido há 75 anos [o cinema mudo]. Vamos nos esforçar para que essa experiência seja tudo, menos silenciosa", avisou o produtor Jamie Hook à platéia da sessão-espetáculo de "Brand upon the Brain" (2006), do cineasta canadense Guy Maddin, anteontem, na 31ª Mostra de Cinema de São Paulo.
Em torno da tela do Sesc Pinheiros, instalaram-se a orquestra, os sonoplastas do Aono Jikken Ensemble, o cantor Dov Houle e a narradora Marília Gabriela, para executar ao vivo trilha e efeitos sonoros do filme, incluindo a quebra das ondas do mar na ilha onde se passa a história do protagonista Guy.
Adulto, Guy retorna à ilha e revê suas memórias de infância, da qual fazem parte a mãe controladora e chantagista emocional; o pai cientista maluco; o personagem duplo Wendy/Chance Hale, um(a) detetive que foi sua primeira paixão e um grupo de crianças órfãs, mantidas na ilha.
A história é narrada em 12 capítulos. No nono, Marília Gabriela tem seu clímax, dublando a mãe de Guy no momento em que ela se proporciona um orgasmo.
Por longos minutos (encerrados sob aplausos do público), Gabi gemeu e deu gritinhos à la Meg Ryan naquela cena de "Harry & Sally".
"Brand upon the Brain" terá mais uma exibição na Mostra (sábado, 20h50, Cine TAM), em sua versão sonora. Anteontem, como prometera Hook, a única sessão muda do filme foi um barulho só.


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