|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Foco
Gabi geme, platéia aplaude,
e músicos tornam sonoro
filme mudo do festival
SILVANA ARANTES
DA REPORTAGEM LOCAL
"Vocês vão ser testemunhas da exumação de uma
forma de arte que acreditávamos haver morrido há 75
anos [o cinema mudo]. Vamos nos esforçar para que essa experiência seja tudo, menos silenciosa", avisou o produtor Jamie Hook à platéia da
sessão-espetáculo de "Brand
upon the Brain" (2006), do cineasta canadense Guy Maddin, anteontem, na 31ª Mostra de Cinema de São Paulo.
Em torno da tela do Sesc Pinheiros, instalaram-se a orquestra, os sonoplastas do
Aono Jikken Ensemble, o
cantor Dov Houle e a narradora Marília Gabriela, para
executar ao vivo trilha e efeitos sonoros do filme, incluindo a quebra das ondas do mar
na ilha onde se passa a história do protagonista Guy.
Adulto, Guy retorna à ilha e
revê suas memórias de infância, da qual fazem parte a mãe
controladora e chantagista
emocional; o pai cientista maluco; o personagem duplo
Wendy/Chance Hale, um(a)
detetive que foi sua primeira
paixão e um grupo de crianças órfãs, mantidas na ilha.
A história é narrada em 12
capítulos. No nono, Marília
Gabriela tem seu clímax, dublando a mãe de Guy no momento em que ela se proporciona um orgasmo.
Por longos minutos (encerrados sob aplausos do público), Gabi gemeu e deu gritinhos à la Meg Ryan naquela
cena de "Harry & Sally".
"Brand upon the Brain" terá mais uma exibição na Mostra (sábado, 20h50, Cine
TAM), em sua versão sonora.
Anteontem, como prometera
Hook, a única sessão muda do
filme foi um barulho só.
Texto Anterior: Crítica/"A Última Hora": Documentário com DiCaprio cai no discurso panfletário Próximo Texto: Lanterninha Índice
|