Cantor apresenta no Credicard Hall músicas do recém-lançado CD "Acústico MTV 2"

Intérprete recupera sambas antigos e sucessos de sua carreira, acompanhado por uma banda com mais de 20 músicos, forte nos sopros

LUIZ FERNANDO VIANNA
DA SUCURSAL DO RIO

Não dava para contar com os mais de 30 músicos que participaram da gravação do CD e do DVD. Mas uma banda de 20 integrantes acompanhará Zeca Pagodinho no lançamento de seu "Acústico MTV 2 - Gafieira" hoje e amanhã, no Credicard Hall. "Não mudou nada. Temos vários sopros e tudo ficou resolvido muito bem", garante o cantor.
As principais novidades do repertório de Zeca são músicas antigas: sambas de grandes compositores que foram pescados para o projeto em torno do som das gafieiras.
"Beija-me" (Roberto Martins/Mário Rossi) -que tem tocado em rádios e conta com a participação do maestro Rildo Hora- é um desses sambas.
Outros são "Piston de Gafieira" (Billy Blanco), "Tarzan, o Filho do Alfaiate" (Noel Rosa/Vadico), "O Dono das Calçadas" (Nelson Cavaquinho/Guilherme de Brito) e "Pisei num Despacho" (Geraldo Pereira/Elpídio Vianna).

Inéditas
"Conheço esses sambas desde rapazinho. Sempre gostei de cantar, e agora surgiu a chance. Só o "Beija-me" que eu não conhecia", conta Zeca. As quatro inéditas também estão no roteiro, com destaque para "Ratatuia" (Roberto Lopes/Canário/Alamir) e "Quando a Gira Girou" (Serginho Meriti/Claudinho Guimarães). Zeca ainda canta "Cabô, Meu Pai" (Moacyr Luz/Aldir Blanc/Luiz Carlos da Vila), que gravou pela primeira vez, e músicas de seu passado, como "Judia de Mim" (parceria com Wilson Moreira) e "Casal Sem-Vergonha" (Arlindo Cruz/Acyr Marques).
"São sambas que fizeram muito sucesso e estão com uma roupagem diferente", diz ele.
Entre os sucessos da carreira estão garantidos "Dona Esponja" (Barbeirinho do Jacarezinho/Marcos Diniz/Luiz Grande) e "Quem É Ela?" (Zeca/Dudu Nobre). São só dois shows, porque Zeca não é afeito a temporadas longas. Turnês, então, nem pensar. Canta em algum lugar e volta logo para o Rio -onde se apresenta no próximo fim de semana.
Em dezembro tem mais um motivo para ficar no Rio: no dia 15, ele se casa de novo com sua mulher, Mônica, com quem tem três filhos -e uma adotiva. No primeiro casamento, há 20 anos, Zeca perdeu os convites, não houve fotógrafo, o cerimonial foi precário.
"Agora sou só o noivo. Nem me deram convite. Acho que só vão me chamar na hora, para não acontecer o mesmo da outra vez", acredita ele.