São Paulo, domingo, 26 de fevereiro de 2006

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COLEÇÃO FOLHA

Compositor inovou abordagem de orquestra

Célebre sinfonia de Beethoven chega às bancas depois do Carnaval

IRINEU FRANCO PERPETUO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Depois do Carnaval, no domingo que vem, acontece mais um lançamento da Coleção Folha de Música Clássica. Regida pelo experiente Raymond Leppard, a Royal Philharmonic Orchestra interpreta aquela que talvez seja a mais conhecida peça do repertório sinfônico: a "Nona Sinfonia", de Beethoven, sob regência do britânico Raymond Leppard.
Embora antes já se escrevessem obras com denominadas "sinfônicas", a sinfonia como a conhecemos nasce no século 18. Aluno de Haydn, compositor austríaco que é considerado o "pai" do gênero, o alemão Ludwig van Beethoven (1770-1827) mudou para sempre a maneira de abordar a orquestra sinfônica.
Na composição de sua derradeira obra do gênero, Beethoven inova: se a sinfonia, até então, era puramente instrumental, ele faz entrar em cena a voz humana, para entoar, no movimento final da obra, o texto da "Ode à Alegria". Jubilosa, fraterna e catártica, a "Ode à Alegria" foi, por todas essas qualidades, apropriada, à revelia de seu autor, pelos mais diversos movimentos políticos. Se hoje ela é o hino da União Européia, no passado foi utilizada em celebrações do Terceiro Reich, e chegou a ser adotada como hino nacional pelo governo racista da então Rodésia (atual Zimbábue).


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