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COLEÇÃO FOLHA
Compositor inovou abordagem de orquestra
Célebre sinfonia de Beethoven chega às bancas depois do Carnaval
IRINEU FRANCO PERPETUO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Depois do Carnaval, no domingo que vem, acontece mais um
lançamento da Coleção Folha de
Música Clássica. Regida pelo experiente Raymond Leppard, a
Royal Philharmonic Orchestra interpreta aquela que talvez seja a
mais conhecida peça do repertório sinfônico: a "Nona Sinfonia",
de Beethoven, sob regência do
britânico Raymond Leppard.
Embora antes já se escrevessem
obras com denominadas "sinfônicas", a sinfonia como a conhecemos nasce no século 18. Aluno
de Haydn, compositor austríaco
que é considerado o "pai" do gênero, o alemão Ludwig van Beethoven (1770-1827) mudou para
sempre a maneira de abordar a
orquestra sinfônica.
Na composição de sua derradeira obra do gênero, Beethoven inova: se a sinfonia, até então, era puramente instrumental, ele faz entrar em cena a voz humana, para
entoar, no movimento final da
obra, o texto da "Ode à Alegria".
Jubilosa, fraterna e catártica, a
"Ode à Alegria" foi, por todas essas qualidades, apropriada, à revelia de seu autor, pelos mais diversos movimentos políticos. Se
hoje ela é o hino da União Européia, no passado foi utilizada em
celebrações do Terceiro Reich, e
chegou a ser adotada como hino
nacional pelo governo racista da
então Rodésia (atual Zimbábue).
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