São Paulo, terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Mônica Bergamo

@ - bergamo@folhasp.com.br

ANA PAULA ARÓSIO

Danilo Verpa/Folha Imagem

"Me pediram pra botar botox. Não ponho!"

"Digo que as coisas na Globo são muito rápidas: na primeira novela, você é a filha da mocinha; na segunda, é a mocinha; na terceira, é a mãe da mocinha." Aos 32 anos, a atriz Ana Paula Arósio viverá a "mãe da mocinha" na próxima novela das seis, a refilmagem "Ciranda de Pedra".

 

Ela, que acaba de ficar solteira (rompeu o namoro de quase dois anos com o jogador de pólo João Paulo Ganon), assistiu a um leilão de cavalos, no sábado, em SP. "Sobre minha solteirice, digo: estou solteira. E é só isso", diz, cortando o assunto.
 

De cabelos molhados e recém-cortados para a personagem da novela, ela chegou à Hípica Santo Amaro com uma hora de atraso, de mãos dadas com seu assessor e um casal de amigos. Diante do tom frenético do leiloeiro, a atriz adverte: "Não levante o dedo ou sairá daqui com um cavalo", avisa. "Tá vendo o lance de R$ 5.000? É apenas uma das 20 parcelas. Por que acha que servem tanto uísque para a gente?", ri com o copo cheio. Para ela, "comprar cavalo é a melhor coisa do mundo! Melhor que roupa, sapato, jóia, carro... Muuuuuito melhor do que shopping".
 

Ana usa rímel, pouco pó e batom vermelho. Está sem esmalte, nem anéis. "Já me pediram para botar botox. Não ponho! Demorei anos pra ter essa cara, essa expressão", diz a ex-modelo. Para a atriz, com a chegada da TV de alta definição, o público terá de se acostumar com as olheiras e as espinhas dos atores.
 

"Meu trabalho é uma grande enganação. Sou paga para enganar as pessoas e elas querem ser enganadas. E quanto melhor eu as enganar, mais gostarão do meu trabalho."

Frase

"Meu trabalho é uma grande enganação.
Sou paga para enganar as pessoas e elas querem ser enganadas"

Ana Paula Arósio

OSCAR 2008

Quase famosos não querem ir para debaixo do tapete

O ritual de passagem pelo tapete vermelho do Oscar é cumprido à risca pelas celebridades: 1) Surgir pelo lado direito do Kodak Theatre, onde as limusines estacionam; 2) Atravessar o "corredor polonês" de jornalistas classificados por importância (na primeira baia, o "The New York Times"; na terceira e última, revistas de variedades como "Entertainment Weekly" e toda a imprensa estrangeira escrita); 3) Comentar qual estilista assina o figurino da noite; 4) Dar tchauzinho para a platéia eufórica; 5) Desaparecer.

 

Há os mais assediados, como o ator George Clooney, o que prejudica o tapete no quesito evolução. Vencedora de melhor atriz no ano passado, Helen Mirren não é prioridade neste ano e fica andando em círculos. "É um grande prazer estar aqui.
Trouxe meu sobrinho, que nunca tinha vindo ao Oscar, esse evento mágico", ela enrola, enquanto Cameron Diaz empaca nos flashes a alguns metros. Há, contudo, uma categoria de tapetáveis que se encaixa no primeiro espaço livre à vista.
São os "quase famosos", que descolaram um convite para a cerimônia. Um assessor se aproxima: "Vocês querem falar com a Kirsten Lea? Ela vai brilhar em Hollywood". Kirsten quem? Um folhetinho distribuído dá conta de informar: "atriz inglesa", "pronuncia-se ker-sten lee", "aparecerá no filme "The Soloist", com Jamie Foxx". E chega a própria, com um colar de diamantes avaliado em US$ 2 milhões -esta informação também está no bilhetinho. Kirsten Lea (guarde este nome. Nunca se sabe...) faz cara de emocionada ao ser aplaudidíssima pela pequena platéia instalada na arquibancada. São, na verdade, funcionários do Oscar que levantam os braços sinalizando para o público quando é hora de aplaudir ou fazer "woo-hoo". O espanhol Javier Bardem passou por lá, mas ninguém avisou a platéia que era hora de aplaudir. Não houve, assim, nenhum aplauso. (DANIEL BERGAMASCO, de Los Angeles)

O Oscar que o Brasil não vê
Os filmes premiados no Oscar registram resultados considerados pífios no Brasil. "Onde os Fracos Não Têm Vez", dos irmãos Coen, foi visto por 205 mil pessoas em quatro semanas, de acordo com dados da Nielsen disponíveis até a manhã de ontem; "Piaf" -Um Hino ao Amor", que levou a estatueta de melhor atriz, foi visto por 260 mil, em nada menos que 20 semanas (média de 13 mil por semana); e "Sangue Negro", com Daniel Day-Lewis, melhor ator, chegou a 91 mil espectadores em duas semanas.

VERDE E AMARELO
Para comparar: no fim de semana, o nacional "Meu Nome Não É Johnny", de Mauro Lima, foi visto por 46 mil pessoas, contra 18 mil de "Onde os Fracos Não Têm Vez". Em dois meses, o longa brasileiro já foi visto por quase 1,9 milhão em oito semanas -ou uma média de 225 mil por semana.

CACÁ E A FRANCESA
Com 80 anos, a francesa Jeanne Moreau, de filmes como "Jules et Jim", de Truffaut, e "Les Amants", de Louis Malle, convidou Cacá Diegues para ir à Cinemateca Francesa, onde será homenageada em março. Cacá a dirigiu em 1973 no longa "Joanna Francesa".

CASADOS X SOLTEIROS
"Ele vai ser pai novamente. Estou grávida de quatro meses." Foi assim que a ex-mulher do jogador Adriano, Danielle, reagiu às notícias de que o atacante do São Paulo estaria saindo com a modelo Viviane Castro, aquela que desfilou de minitapa-sexo do último Carnaval. Ela diz que continua com o jogador, que se declara separado e não foi localizado até o início da tarde de ontem.

OVOS CUBANOS
Os célebres flamingos que Fidel Castro deu de presente a Roberto Marinho, da TV Globo, botaram ovos há alguns dias.
 

Na casa de Lily Marinho, viúva do empresário, no Rio, o fato foi recebido com surpresa e alegria: em 15 anos, tempo que as aves têm na residência, isso nunca havia ocorrido.

MESMO MORTO 1
Em editorial, a revista "The Economist" prevê que "mudanças reais em Cuba só vão começar depois da morte de Fidel". Não é o que pensa o próprio. Em 2005, ao falar da sucessão em entrevista ao jornalista Ignacio Ramonet, do francês "Le Monde Dimplomatique", Fidel disse: "Que nossos inimigos não se iludam; eu morro amanhã e minha influência pode crescer".

MESMO MORTO 2
Na entrevista, publicada no livro "Biografia a Duas Vozes (editora Boitempo), Fidel diz ainda que "o dia em que eu morrer de verdade ninguém vai acreditar. Poderia andar como Cid Campeador [referência a personagem do século 11], que mesmo morto era levado a cavalo para vencer as batalhas".

CURTO-CIRCUITO

OS MÚSICOS Supla e João Suplicy voltam ao Brasil após oito shows nos Estados Unidos. A série de apresentações foi batizada lá fora de Brothers of Brazil.
A SÉRIE DE SHOWS "MODINHAS E CHORINHOS" termina hoje com a apresentação da cantora e pianista Cida Moreira e do Grupo Regional de Choro, às 13h e às 19h30, no CCBB.
A FOTÓGRAFA DE MODA Michelle Silva abre hoje a exposição "Expedição Sahara", a partir das 19h, no Piola, em Moema.
A EMPRESÁRIA Neusinha Farina lança coleção de inverno da grife infantil Monne, hoje, a partir das 14h, nos Jardins.

com AUDREY FURLANETO, DIÓGENES CAMPANHA e DÉBORA BERGAMASCO

Texto Anterior: Foco: Em noite de figurinos chiques e chatos, Cotillard e Diablo salvaram a festa
Próximo Texto: Reality show: "Famosos" aguçam sentidos paranormais
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.