São Paulo, sábado, 26 de fevereiro de 2011 |
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CRÍTICA SUSPENSE Com trama médica, Kazan levanta debate sobre imigrante INÁCIO ARAUJO CRÍTICO DA FOLHA "Pânico nas Ruas" (TCM, 20h10, 12 anos) é talvez o melhor dos filmes pouco conhecidos de Elia Kazan. E também o mais inesperado. A trama é policial e médica ao mesmo tempo: depois que um cadáver é encontrado com peste bubônica, um médico precisa desesperadamente encontrar os criminosos que o mataram, pois eles devem estar contaminados e, portanto, aptos a transmitir o mesmo mal. Como quase sempre nos bons filmes, a história não é o ponto de interesse. Estamos em Nova Orleans, região portuária. Quem traz a peste? O imigrante. Imigrante como Kazan, diga-se. Aos poucos, à medida que o filme decorre, descobrimos que o lugar destinado ao imigrante não é nem dentro, nem fora: é a quarentena, quer dizer, é essa pequena faixa de terra que designa toda a dificuldade de viver, a pouca margem de manobra do homem diante das coisas do mundo. Belo filme. Texto Anterior: Laertevisão Próximo Texto: Melhor do dia Índice | Comunicar Erros |
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