|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
FILMES
CINEMA
"Nos Braços de Estranhos" relembra Holocausto
O 13º Aniversário
SBT, 14h15.
(Thirteenth Year). EUA, 1999. Direção:
Duwayne Dunham. Com Chez Starbuck,
Dave Coulier. Chegando aos 13 anos,
filho de uma sereia (criado por pais
adotivos) começa a sentir na pele os
sintomas de sua condição ambígua, ou
melhor, anfíbia.
Fenômeno
SBT, 16h30.
(Phenomenon). EUA, 1996, 123 min.
Direção: Jon Turteltaub. Com John
Travolta, Kyra Sedgwick, Forest
Whitaker. Mecânico de automóveis é
atingido por uma misteriosa descarga de
energia (ou algo assim), a partir do que
começa a se transformar num intelectual
de primeira.
Jesus de Nazaré
Record, 21h50.
(Jesus Of Nazareth). Inglaterra/ Itália,
1976, 130 min. Direção: Franco Zeffirelli.
Com Robert Powell, Anne Bancroft. A
vida de Jesus: da manjedoura à
ressurreição, passando pelas
peregrinações, os sermões e a
crucificação. Cristo segundo Zeffirelli,
isto é, com alma de coroinha
Cara, Cadê meu Carro?
Globo, 23h35.
(Dude, Where's my Car?). EUA, 2000.
Direção: Danny Leiner. Com Ashton
Kutcher, Sean William Scott, Jennifer
Garner, David Herman. Dois amigos
acordam sem saber o que aconteceu na
noitada. Pior, nem sabe onde deixaram o
carro. Comédia adolescente opaca, mas
com a presença de uma Jennifer Garner
pré-"Alias".
O Corcunda de Notre Dame
SBT, 0h.
(The Huntchback). EUA, 1997, 98 min.
Direção: Peter Medak. Com Mandy
Patinkin, Salma Hayek, Richard Harris.
Hayek faz a bela cigana Esmeralda, por
quem se apaixonam Frollo (Harris) e, de
modo diferente, Quasimodo (Patinkin), o
corcunda que habita a catedral de Paris.
Versão para TV a cabo do romance de
Victor Hugo.
Nos Braços de Estranhos
SBT, 2h.
(Into the Arms of Strangers). EUA, 2000,
122 min. Direção: Mark Jonathan Jarris.
Sobreviventes do Holocausto recordam
o que foi a perseguição e o assassinato
em massa de judeus, antes e durante a
Segunda Guerra Mundial.
Segredos e Mentiras
Bandeirantes, 2h30.
(Secrets & Lies). 1996, 132 min. Direção:
Mike Leigh. Com Brenda Blethyn,
Timothy Spall, Phyllis Logan, Claire
Rushbrook. Quando sua mãe adotiva
morre, Hortense, uma mulher negra e
bem-sucedida, decide ir em busca de sua
mãe natural. Hortense a localiza e, além
da surpresa por descobrir que ela é
branca, se depara com uma
problemática família da classe operária.
Marujos Muito Loucos
Globo, 3h15.
(McHale's Navy). EUA, 1997, 108 min.
Direção: Bryan Spicer. Com Tom Arnold,
David Alan Grier, Dean Stockwell.
Marinheiros de base aérea norte-americana em ilha do Caribe não têm
muitas preocupações na vida, a não ser
driblar as medidas disciplinares do
capitão Binghampton (Stockwell).
Comédia que retoma os personagens de
série de TV dos anos 60.
A Vida em Preto-e-Branco
SBT, 4h15.
(Pleasantville). EUA, 1998, 124 min.
Direção: Gary Ross. Com Tobey Maguire,
Reese Witherspoon. Depois de uma
briga, dois adolescentes que brigam
diante da TV porque um deles quer ver
capítulos de um velho sitcom, vão parar,
por artes de um controle remoto, em
Pleasantville, nos anos 50. Comédia que
marca a estréia na direção do roteirista
Ross. Vale conferir. Só para São
Paulo.
(IA e PAULO SANTOS LIMA)
TV PAGA
O drama do filho na "Paixão" e em "Nemo"
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Estranho sábado de Aleluia, que
juntou no mesmo barco "A Paixão de Cristo" (Telecine Premium, 21h) e "Procurando Nemo" (HBO, 21h).
Já que o horário coincide, o espectador pode fazer uma escolha
exclusivamente religiosa. O que
seria mais cristão? A representação do sofrimento final de Cristo,
debaixo de pancadas, e sua posterior morte? Isso é o que faz Mel
Gibson em seu filme, em todo caso. Ou o desenho animado sobre
um peixe que atravessa o oceano
em busca de seu filho?
Obrigado, paranóico leitor: posso não ser muito católico, mas sei
bem o que significa a Paixão do
ponto de vista religioso. Mas o
cristianismo se funda sobre a ligação não rara tensa entre pais e filhos. Na cruz, Jesus pergunta ao
pai: "Por que me abandonaste?"
Nemo não abandona seu filho, o
que faz dele um pai senão mais
perfeito, ao menos mais humano
do que o Criador. Deus tem o direito de jogar seu filho às feras, a
pretexto de salvar a humanidade.
"Nemo" é um dos bons desenhos da época da animação computadorizada, que reergueu e expandiu essa técnica. Não por enquanto, pois na Hollywood infantilizada de hoje a animação é com
freqüência um escape.
Já a "Paixão", tal como vista por
Mel Gibson, parece mais um
acontecimento circense, semelhante aos espetáculos de gladiadores. Gibson enfatiza as violências sofridas por Jesus.
OK, elas são terríveis, mas meramente físicas. Gibson não procura nos comover pelo poder
simbólico desse sofrimento, mas
pelo que há de hiperbólico nele.
Com o perdão da palavra, do ponto de vista físico o sofrimento de
Jesus é muito menor do que o de
qualquer torturado (dos nosso
tempos ditatoriais ou de nossas
delegacias de sempre). Gibson falha porque sua fé é superficial, ali
onde "Nemo" se dá bem por acreditar efetivamente no Pai.
Texto Anterior: Astrologia Próximo Texto: José Simão: Buemba! O Ronaldo tá parecendo o Bussunda! Índice
|