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Fãs aprovam show com cadeiras em estádio lotado
GUSTAVO FIORATTI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Fosse ao lado do namorado,
acompanhado por familiares e
amigos ou sozinho, o show de
Roger Waters, no Morumbi, foi
introspectivo, para ver sentado
ou deitado na grama.
"Geralmente show de rock é
mesmo em pé. Mas neste eu
queria me sentar e ficar puxando meu charuto, sossegado",
disse Alexandre Rigonatti, 21,
que descobriu Pink Floyd xeretando os LPs de seu pai. A decisão de encher a pista com cadeiras foi aprovada por muitos
espectadores, ainda que alguns
tenham se irritado com a falta
de espaço entre os assentos.
A diversidade etária marcou
o show de Waters: "Tem muito
pai com filho, muita gente jovem cantando as letras", falou
André Nuvicci, 59, cabelos grisalhos longos, camiseta preta,
calça jeans velha e colares de
miçanga. "Meus filhos disseram que era programa de hippie velho. Não quiseram vir.
Não sabem o que perderam.
Velhos são eles", brincou.
Do lado de fora, aliás, uma
porção de adolescentes sem dinheiro para comprar ingressos
acompanhava a execução dos
clássicos do Pink Floyd, que vazava do estádio. Gabriela Camilo de Oliveira, por exemplo,
mesmo sabendo que não havia
mais bilhetes, juntou sua turma
ali mesmo para comemorar o
aniversário de 20 anos.
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