"Jersey Shore" causou polêmica ao estereotipar ítalo-americanos em reality

LÚCIA VALENTIM RODRIGUES
DA REPORTAGEM LOCAL

O verão já acabou, mas não para os integrantes de "Jersey Shore", reality show que estreia hoje na MTV após ter o primeiro episódio assistido por mais de 1 milhão de norte-americanos em dezembro passado -a final da primeira temporada teve alta repercussão, com 4,8 milhões de espectadores.
São oito pessoas numa casa de praia de Nova Jersey, na Costa Leste dos EUA. Quatro homens e quatro mulheres em busca de se envolverem com o maior número de pessoas possível, como se fosse uma versão gringa do nosso Carnaval.
O sucesso não veio sem polêmica. O programa foi muito criticado pelo modo como retratava os chamados "guidos", ítalo-americanos bombados, com cabelos cheios de gel e bronzeados artificialmente. O reality show realmente não pega leve nos estereótipos, mas não é muito pior que nenhum "Big Brother". Uma participante se autodeclara "a mais doce vagabunda que você vai conhecer". Logo se interessa por um dos rapazes da casa, que dá apelido para sua barriga bem torneada. Mas o relacionamento dura menos que os drinques consumidos pelos participantes. Na mesma festa, ela beija outro companheiro da casa.
As discussões rolam soltas. Fica até difícil de ouvir com tantos apitos por cima dos palavrões. Piora quando os garotos chamam meninas de fora para um encontro na banheira. Não há santos. Tudo é regado a álcool e a comentários maldosos. Uma jovem maquia os peitos antes de sair. Outro não vive sem seu gel de cabelo e seu shake de proteína. Fazem de tudo para poder aproveitar as festas, que, às vezes, terminam em pancadaria. É um retrato da futilidade da juventude moderna. Uma segunda leva de episódios recheada de hormônios já foi confirmada pela emissora.