São Paulo, Segunda-feira, 26 de Abril de 1999
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LIVRO
Estimativa dos organizadores é de que evento atraia aproximadamente 500 mil pessoas até o dia 2 de maio
Público da Bienal do Rio surpreende editoras

CRISTINA GRILLO
da Sucursal do Rio

Os números da visitação à 9ª Bienal Internacional do Livro do Rio no feriado de quarta-feira, quando 44.885 pessoas foram ao Riocentro (em Jacarepaguá, zona oeste), levaram as editoras a reforçar seu esquema de funcionamento para o fim-de-semana.
Na Companhia das Letras, por exemplo, cada turno de vendedores foi aumentado em mais quatro pessoas. Record e Rocco também levaram mais vendedores para seus estandes.
A editora Objetiva, preocupada com a presença de Paulo Coelho em seu estande no sábado à tarde, fez estoque de copos de água mineral para distribuir às pessoas que ficaram na fila de autógrafo.
A Fagga Eventos, empresa que organiza a Bienal, contratou mais bilheteiros para trabalhar no sábado e domingo. Na quarta-feira, longas filas se formaram em frente ao seis guichês de entrada, onde os bilhetes passam por um leitor ótico ligado a um computador que contabiliza o público do evento.
Ainda no fim-de-semana, foi aberta uma nova ala do estacionamento do Riocentro, aumentando a capacidade de 8.000 para 9.000 carros.
De acordo com Arthur Repsold, para evitar dúvidas com relação ao total de pessoas que visitaram a feira, todos os ingressos, credenciais e convites têm um código de barras que é lido pelos leitores óticos quando o visitante chega aos pavilhões de exposição.
Ele explica que cada código é lido apenas uma vez. "A pessoa pode entrar e sair da Bienal quantas vezes desejar, mas só haverá um registro."
Os organizadores decidiram contratar a empresa de auditoria Price Waterhouse para auditar os resultados da feira.
Apesar de evitar fazer previsões de público, na sexta-feira o diretor da Fagga estimou que cerca de 500 mil pessoas devem visitar o Riocentro até o dia 2 de maio, quando termina a Bienal.
"Este está sendo, até agora, o nosso melhor resultado de vendas em feiras de livro", comemorava, na sexta-feira, Mariana Zahar, da Jorge Zahar Editora.
De acordo com ela, na quarta-feira foram vendidos no estande 2.001 exemplares. Na sexta-feira, até as 21h, já haviam sido vendidos cerca de 500 exemplares.
Na Objetiva, o editor Roberto Feith também festejava. A primeira tiragem de "Confissões de um Peregrino", biografia de Paulo Coelho escrita pelo jornalista Juan Arias, com 10 mil exemplares, já havia se esgotado.
"A Casa dos Budas Ditosos", mais recente romance de JoãoUbaldo Ribeiro, também esgotou sua primeira tiragem, com 20 mil exemplares.


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