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CRÍTICA
Qualidade do grupo passa no teste de tolerância
LÚCIO RIBEIRO
DA REPORTAGEM LOCAL
A qualidade de um disco
da estirpe rap-metal, gênero de linha autoexplicativa e
já em fase de extinção, pode ser
apurada pela tolerância de número de faixas ouvidas. Você
põe o CD para rodar e vê quantas músicas aguenta escutar.
Pois "Meteora", segundo álbum de originais do grupo Linkin Park, vai incólume até o fim
de uma audição de suas 13 faixas, mesmo para quem não é
muito dado ao estilo.
Se o Limp Bizkit fez primeiro,
o Linkin Park faz melhor, sempre à luz do que dá para ser melhor na linhagem do metal que
desde o final dos anos 90 disputava os primeiros lugares da
"Billboard" com o rap puro e o
pop baba, mas já é o mesmo.
Só não sucumbe de vez por
causa do próprio Linkin Park.
O superbem produzido "Meteora" vendeu perto de 1 milhão de cópias na primeira semana e capricha no que a banda já tinha feito no primeiro
trabalho, o megavendido
"Hybrid Theory". E vai além.
Conduzido pela divisão do
som tranquilo/exasperado
(quando Chester canta, melódico ou como uma gralha) ou
levado ao rap (na hora em que
entra Mike, o rapper da banda), "Meteora" tem bons hinos
do rap metal (não se esqueça,
sempre à luz do rap metal) como "Don't Stay", "Figure.09" e
o hit "Somewhere I Belong".
Vai para o rock horror à la
Marilyn Manson em "Hit the
Floor". Agrada ao fãs do Def
Leppard com a pop metal "Easier to Run", que tem cheiro de
anos 80. Ou lembra um Depeche Mode acelerado na melhor
canção do disco, a "tocante"
"Breaking the Habit".
Tocante porque há sempre
muita dor nas letras milionárias do Linkin Park.
Meteora
Grupo: Linkin Park
Lançamento: Warner
Quanto: R$ 25, em média
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