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São Paulo, segunda-feira, 26 de maio de 2003

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CRÍTICA

Qualidade do grupo passa no teste de tolerância

LÚCIO RIBEIRO
DA REPORTAGEM LOCAL

A qualidade de um disco da estirpe rap-metal, gênero de linha autoexplicativa e já em fase de extinção, pode ser apurada pela tolerância de número de faixas ouvidas. Você põe o CD para rodar e vê quantas músicas aguenta escutar.
Pois "Meteora", segundo álbum de originais do grupo Linkin Park, vai incólume até o fim de uma audição de suas 13 faixas, mesmo para quem não é muito dado ao estilo.
Se o Limp Bizkit fez primeiro, o Linkin Park faz melhor, sempre à luz do que dá para ser melhor na linhagem do metal que desde o final dos anos 90 disputava os primeiros lugares da "Billboard" com o rap puro e o pop baba, mas já é o mesmo.
Só não sucumbe de vez por causa do próprio Linkin Park. O superbem produzido "Meteora" vendeu perto de 1 milhão de cópias na primeira semana e capricha no que a banda já tinha feito no primeiro trabalho, o megavendido "Hybrid Theory". E vai além.
Conduzido pela divisão do som tranquilo/exasperado (quando Chester canta, melódico ou como uma gralha) ou levado ao rap (na hora em que entra Mike, o rapper da banda), "Meteora" tem bons hinos do rap metal (não se esqueça, sempre à luz do rap metal) como "Don't Stay", "Figure.09" e o hit "Somewhere I Belong".
Vai para o rock horror à la Marilyn Manson em "Hit the Floor". Agrada ao fãs do Def Leppard com a pop metal "Easier to Run", que tem cheiro de anos 80. Ou lembra um Depeche Mode acelerado na melhor canção do disco, a "tocante" "Breaking the Habit".
Tocante porque há sempre muita dor nas letras milionárias do Linkin Park.


Meteora    
Grupo: Linkin Park
Lançamento: Warner
Quanto: R$ 25, em média



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