São Paulo, sábado, 26 de maio de 2007

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Diálogos Impertinentes

Série discute poder político do papa

DA REPORTAGEM LOCAL

O que é, de fato, um papa: líder espiritual ou homem político, ícone cristão ou garoto-propaganda? Essa é a questão que abre a edição de "Diálogos Impertinentes" -série de debates que tem o apoio da Folha e da PUC-SP- dedicada ao papado.
Mediada pelo professor da PUC-SP Fernando Altmeyer, a discussão conta com a participação do padre e teólogo Oscar Beozzo, do sociólogo Francisco Borba Ribeiro e do jornalista Oscar Pilagallo.
No início, Beozzo traça breve histórico das atribuições papais. Ele lembra que, durante 300 anos, o pontífice foi simplesmente o bispo de Roma. No ano 600, com o colapso da administração civil, Gregório fez as vezes de prefeito romano.
Séculos adiante, em 1870, os estados pontifícios deixaram de existir; quase 60 anos depois, a Itália reconheceu a autonomia do Vaticano.
Surgia uma nova indagação: como o papa conciliaria os papéis de chefe de Estado e líder espiritual? Ribeiro observa: "Se a Igreja não tivesse tido esse poder temporal (político), não teria construído boa parte do que construiu. Por outro lado, aceitar esse poder torna-se um motivo de escândalo permanente". E se o papa abrisse mão de sua força política? É possível pensar em papa sem papado? A dissociação é improvável, avalia Beozzo. "Mas pode desabar a história, como já aconteceu."


DIÁLOGOS IMPERTINENTES - O PAPADO
Quando:
amanhã, às 20h
Onde: SescTV


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